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Marcas voltam ao básico: mais ponto de venda, menos influenciadores

Foto Shutterstock

Este ano, as marcas combinarão a sua presença online com experiências do mundo real, o que poderá levar a uma queda no crescimento da publicidade digital, indica um estudo da Kantar. 2020 será o ano em que muitas marcas nascidas na Internet darão o salto para o mundo físico, de modo a estabelecer relações mais próximas com o consumidor.

De acordo com o estudo “Media Trends & Predictions 2020”, “a transição de uma startup exclusivamente digital para um fenómeno retalhista é cada vez mais comum”, embora nem todas consigam ter a sua própria rede de lojas e optem por experiências “pop-up”.

A Kantar assinala, ainda, que as marcas necessitarão de assegurar que as suas estratégias de comunicação estejam alinhadas com os seus valores e propósitos. “O marketing de influência apenas evoluirá se as marcas começarem a colaborar mais estreitamente e a levar mais a sério a mediação em 2020”.

De igual modo, “os e-sports ganharão protagonismo este ano e criarão novas oportunidades, tanto para os meios de comunicação como para os anunciantes, que terão de aprender as regras do jogo”.

Juntamente com estas previsões, a análise da Kantar avança com outras tendências, nomeadamente o facto da indústria de marketing ser uma das principais beneficiárias da era 5G, que permitirá melhorar tanto o alcance como o “engagement” com os consumidores, mas requererá uma importante transformação destes profissionais. As marcas “subirão o volume” e encontrarão a sua própria voz numa nova era em que os anúncios em áudio ganham importância. Conteúdo e negócio irão convergir, à medida que o “shopvertising” evolue de compras nas redes sociais para compras na TV.

O estudo assinala ainda que a tendência para assumir as atividades com recursos próprios irá continuar, com mais marcas a criar as suas próprias equipas de especialistas digitais, deixando as agências fora da sua zona de conforto para criar espaços mais colaborativos. Os anunciantes necessitam de se preparar para uma nova “economia mista”. As conexões diretas entre criadores de conteúdos e os parceiros de medição permitirão, pela primeira vez, uma análise “cross media”.

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