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Mais de metade das microempresas em Portugal aceita pagamentos eletrónicos

De acordo com o estudo “Barómetro Cartões Microempresas 2015”, realizado pela Inmark para a MasterCard, cerca de 53,7% das microempresas em Portugal aceita pagamentos com cartão contra 46,3% que não aceita.

É no centro e no norte do país que a taxa de aceitação de pagamentos com cartão é mais elevada, com 58,1% e 57,9% respetivamente, sendo que em Lisboa esta percentagem desce para 48,2%. O comércio é o sector de atividade que regista uma maior penetração de pagamentos com cartão.

Em relação aos 46,3% de microempresas que não aceitam pagamentos eletrónicos, o motivo prende-se essencialmente com o sector de atividade onde atuam. Trata-se de atividades com pouca propensão à cobrança por cartões bancários – como por exemplo professores, contabilistas, publicitários, médicos e veterinários, arquitetos e engenheiros, fotógrafos, tradutores e mediadores de seguros -, um conjunto alargado de profissionais liberais que prestam serviços e profissionais da indústria e da construção. Entre os que justificam a não-aceitação de pagamentos por cartão, as razões mais apontadas são: “não ser solicitado pelos clientes” e “custos de gestão”.

No que diz respeito à importância para o negócio em aceitar cartões, cerca de 70% dos argumentos apontados remetem para o cliente como centro da decisão: comodidade (41,6%), bom serviço (24,5%), solicitado pelos clientes (19,9%) e mais rápido (14,8%). Já 46% das respostas estão focalizadas no negócio: facilita as vendas (25%), é mais seguro
(14,3%), fideliza os clientes (12,9%).

Ainda no universo dos 53,7% das microempresas que aceitam pagamentos eletrónicos, a totalidade disponibiliza TPA. Destas, 91,1% tem TPA físico e 17,3% tem TPA virtual. O TPA físico lidera no comércio com 88,9%, contudo o TPA virtual tem uma expressão mais significativa junto dos profissionais liberais com cerca de 21,4%.

Ainda no universo das microempresas com TPA, 35% disponibiliza já pagamentos Contactless, sendo o índice de uso de 31%, ou seja, 11% de todas as microempresas que aceitam cartões.

A tendência que verificamos é não só um crescimento acentuado nos pagamentos eletrónicos concretizados online como também nos pagamentos móveis. Esta tendência tem ganho forma com a disponibilização de novas soluções de pagamento como é o exemplo dos pagamentos Contactless e dos pagamentos efetuados através de outros dispositivos móveis. Os cartões ou dispositivos Contactless da MasterCard proprocionam aos titulares de cartão uma forma rápida, simples, conveniente e segura de pagar. Para os comerciantes, os pagamentos Contactless contribuem para a segurança da sua atividade, na medida em que a circulação de dinheiro é mais reduzida. Por outro lado, a rapidez associada a estes pagamentos contribui também para a concretização de mais vendas. . Recorde-se que atualmente, MasterCard Contactless é aceite em mais de três milhões de comerciantes em mais de 68 países em todo o mundo”, afirma Paulo Raposo, Country Manager da MasterCard em Portugal.

Comparando o montante que é gasto de acordo com a forma de pagamento utilizada, o estudo conclui que o valor das compras pago com cartão é em média superior em 29,7% do que com dinheiro. Se o consumidor gasta em média 50 euros por compra com dinheiro, esse montante ascende aos 71 euros quando pago com cartão. Contudo, na generalidade há mais pagamentos a serem realizados com dinheiro do que com cartões (52,4% vs 47,6%).

Em relação ao pagamento das despesas por parte das empresas aos seus colaboradores, cerca de 97% assegura o seu pagamento. Quanto ao método utilizado, 57,4% utiliza o cartão de débito, 21,3% é adiantado pelos colaboradores que depois é reembolsado, 10,8% utiliza o cartão de crédito e 7,3% é adiantado pela empresa. No total, o cartão de débito e de crédito representa 68,2% na forma como são pagas as despesas aos colaboradores.

O cartão de débito é o mais utilizado (97%), seguindo-se o cartão de crédito (65,6%), os cartões pré-pagos (35,9%), os cartões de combustível (28,2%) e os cartões de refeição (13,6%). O cartão de débito é utilizado sobretudo para o pagamento de despesas relacionadas com refeições (65%), combustível (57,4%), despesas de representação (44,9%), material de escritório (22,2%), viagens (7,1%) e dormidas (3,3%).

Por sua vez, o cartão de crédito é utilizado sobretudo para o pagamento de despesas relacionadas com despesas de representação (44,5%), material de escritório (23,9%), viagens (22,1%), dormidas (14%), refeições (3,7%) e combustível (2,6%).

Quando inquiridos sobre as características mais valorizadas nas ações comerciais efetuadas com cartão de pagamento, 64% dos empresários valoriza “a responsabilidade zero nas fraudes”, 56,1% “a emissão ou renovação sem custos e 37,8% “descontos em combustíveis”.

Em relação aos serviços extra com valor acrescentado para a empresa, 69,2% destaca “a possibilidade de receber um extrato integrado em todos os cartões emitidos”, 52,8% “a reposição do cartão em caso de perda ou roubo”, 48,1% “a associação de seguros de acidente ou assistência”, 15,2% “o envio de dinheiro de emergência”, e 5,2% “assistência informática gratuita”.

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