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Mais de 70% dos portugueses consideram a alimentação saudável demasiado cara

Foto Shutterstock

Mais de 70% dos portugueses consideram que a alimentação saudável e sustentável é demasiado cara e apenas 15% concorda em pagar mais para mudar o seu consumo,  de acordo com um estudo realizado pelo Bureau Européen des Unions de Consommateurs (BEUC), com a colaboração da DECO PROTESTE.

O estudo refere, ainda, que são produzidos, por dia, 23,7 milhões de toneladas de alimentos, o que representa um gasto de 7,4 triliões de litros de água e 300 mil toneladas de fertilizantes. O desperdício alimentar anual chega a 1,3 mil milhões de toneladas.

Outra das conclusões apresentadas refere que 42% dos inquiridos se queixam de falta de informação para alterar os seus hábitos alimentares. Tendo por base este dado, e a necessidade urgente de uma alteração de comportamentos, a DECO PROTESTE quer marcar o Dia Nacional da Alimentação com um guia de alimentação mais sustentável e saudável, contrariado o mito do custo.

 

Dicas para uma alimentação saudável  

Entre as dicas está a de comprar sempre legumes e frutas da época, optar por fornecedores locais e evitar os alimentos que chegam por via aérea, diminuindo assim a pegada ecológica. Consulte o calendário para saber o que é da época.

Outra das dicas é preferir o consumo de produtos de origem vegetal na alimentação diária, que contabilizam cerca de 75% dos alimentos da roda dos alimentos, face aos 25% dos produtos de origem animal. Além de ingerir mais legumes: o prato deve ser composto de forma a que os legumes ocupem metade, a carne, pescado ou ovos um quarto e o acompanhamento outro quarto.

Devem ser ingeridas três a cinco porções de fruta e de legumes por dia, privilegiando-se a fruta, por exemplo, à sobremesa.

Também se deve comer menos carne e substituir a carne de vaca por aves. No talho, deve-se questionar sobre a proveniência e modo de produção.

Os alimentos processados (a pizza congelada, os refrigerantes, por exemplo) devem ser evitados. Estes produtos são pouco recomendados, por poderem conter mais aditivos, sal, açúcar e gordura.  O consumo deve ser limitado a produtos o menos transformados possível, como, por exemplo, conservas ou legumes congelados;

Deve-se privilegiar a confeção em casa e produtos o mais naturais possível. O consumo de ultracongelados deve ser limitado, indica a DECO PROTESTE.

Quando se for às compras, deve-se levar um saco para a fruta e os legumes, evitando-se, assim, comprá-los em embalagens de plástico.

Os excessos de frutas e legumes e que já tenham amadurecido em demasia ou estejam a murchar devem ser aproveitados, assim como as sobras de alimentos, para a criação de novos pratos, para evitar o desperdício.

Para evitar o desperdício, recomenda-se a compra a granel. Alguns supermercados já estão atentos a esta tipologia de oferta.

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