As vendas da Amazon continuam em crescendo, mas os lucros deram um grande trambolhão, no segundo semestre. Mais concretamente de 77%, para 197 milhões de dólares. As previsões indicam que a gigante do e-commerce irá reportar prejuízos no valor de 400 milhões de dólares no terceiro trimestre.
As vendas, por seu turno, atingiram os 38 mil milhões de dólares, mais 25% que no período homólogo. Mesmo num mercado maduro, como a América do Norte, a Amazon conseguiu que as vendas crescessem 26,6%.
De acordo com Neil Saunders, managing director da GlobalData Retail, este crescimento é ainda mais notável e motivo de preocupação para os outros retalhistas uma vez que ainda não contempla os benefícios, em termos de vendas, que a Amazon irá colher com a Whole Foods e que, atesta, irão impulsionar as suas receitas futuras em 12 pontos percentuais.
No entender do consultor, a queda dos lucros deve-se à opção da Amazon de reinvestir no seu negócio para catalisar a sua quota de mercado e domínio. “Tal como previmos, a rentabilidade da Amazon está a piorar em vez de melhorar. Contudo, tudo se resume a isto: a Amazon está a comprar vendas à custa da sua rentabilidade”.
Neil Saunders acredita que, face a estes resultados, os outros retalhistas ver-se-ão forçados a reduzir as margens, especialmente se quiserem crescer na área do comércio eletrónico. “Enquanto a Amazon está confortável em operar com relativa fraca rentabilidade, muitos outros retalhistas e os seus investidores não estão”.