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Lojistas denunciam pressão abusiva pelos centros comerciais

centros comerciais

A Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR) apresenta o resultado de um inquérito feito aos seus associados, que revela que 73% dos pequenos e médios lojistas de centros comerciais “foram pressionados para assinarem acordos com cláusulas abusivas, para que pudessem aceder a apoios que minimizem o impacto causado pelo período de fecho provocado pelo novo coronavírus“.

A proibição de recorrer a tribunais (87% dos contratos), o aumento do período de contrato (68%), o assumir das responsabilidades por parte do lojista, em caso de uma nova vaga da pandemia (64%), ou, até, o aumento da renda variável (31%) são algumas das cláusulas abusivas com que muitos centros comerciais estão a confrontar os lojistas, como contrapartida de oferecerem um desconto sobre o valor da renda enquanto as lojas estiveram fechadas.

As conclusões do novo inquérito, feito a 1.669 lojas associadas da AMRR, revelam ainda que mais de 80% dos lojistas alvo de pressão foram ameaçados com promessas de serem banidos dos centros comerciais e de não poderem beneficiar de determinadas condições, caso o acordo não seja imediatamente assinado.

A AMRR também revela que existem muitos lojistas a serem pressionados com informações erradas, como a de que todos os outros lojistas já assinaram. Pelos dados recolhidos no inquérito, apenas 14% dos lojistas dos centros comerciais assinaram um acordo referente ao período de encerramento das lojas.

 

Lojas de rua

No que diz respeito às lojas de rua, a realidade é diferente, onde 12% dos lojistas sentem-se pressionados e 19% já assinou um novo acordo. A diferença, segundo a associação, deve-se aos senhorios de espaços comerciais de rua estarem mais presentes e próximos da realidade, estando naturalmente mais sensibilizados para as dificuldades que Portugal atravessa.

É preciso compreender que, ao falarmos de lojistas, temos duas realidades totalmente diferentes. Por um lado, temos os centros comerciais detidos por grandes fundos de investimento, que apenas olham para o lucro, e, por outro, estamos a falar de uma pessoa concreta que detém um espaço comercial que arrendou”, explica Miguel Pina Martins, presidente da AMRR, acrescentando ainda que “não é aceitável que os lojistas não tenham poder negocial algum neste processo, pelo que está nas mãos do Governo e do Parlamento a criação de legislação que regule este período do Covid até à estabilização do sector, no sentido de equilibrar a partilha de sacrifícios entre lojistas e proprietários. Caso nada seja feito, o desemprego consequente e os seus custos inerentes estarão também nas mãos do Governo”.

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