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Lojas Clarel passam a Minipreço

serviço de compra telefónica nas lojas Clarel

O Grupo DIA vai apostar no reforço da área de negócio onde é especialista, o retalho alimentar, através da integração, na rede Minipreço, das lojas que atualmente opera sob a insígnia Clarel.

Em termos práticos, nem todas as 71 lojas da insígnia dedicada aos cuidados pessoais e do lar serão incorporadas na rede de retalho alimentar. Com o término da operação da Clarel em Portugal, o Grupo DIA reforça o parque de lojas Minipreço atualmente disponível com 12 novas unidades, a que se junta o fortalecimento da capacidade online da marca, com a criação de nove “darkstores”, de modo a apoiar os planos de expansão do canal de comércio eletrónico da insígnia liderada Miguel Guinea Valle. As restantes 41, localizadas em áreas onde já existe uma oferta forte da insígnia Minipreço, serão encerradas. Não obstante, todos os colaboradores Clarel serão integrados na atividade do Minipreço, de modo a reforçar a capacidade de resposta do retalhista, tanto nas suas lojas físicas, como a nível do canal digital.

 

Aposta no retalho alimentar

Esta decisão está integrada na estratégia de foco no retalho alimentar do Grupo DIA em Portugal, que, deste modo, aposta na capilaridade da sua rede, devidamente complementada pelo crescente alcance da sua operação de e-commerce, que caminha para o seu primeiro exercício completo.

Nove das lojas Clarel permanecerão de portas abertas de modo a escoar os stocks, representando, na prática, a última oportunidade de aquisição do sortido disponível da marca, que verá a sua operação terminada e respetivo negócio descontinuado, algo que já fazia parte dos planos de reestruturação do Grupo DIA.

De resto, a decisão agora tomada era algo que se vinha a anunciar, sobretudo, nos últimos anos. Nascida da aquisição das lojas Schlecker, em finais de 2012, a Clarel conheceu um período de franca expansão, quer no mercado português, quer no mercado espanhol, tendo nas marcas próprias do Grupo DIA uma das suas principais alavancas e oferecendo uma proposta de valor assente na especialização, profundidade de sortido e conveniência. Contudo, em 2019, o Grupo DIA equacionou e chegou mesmo a ativar oficialmente a sua venda, tendo encarregado o Santander e o BBVA da tarefa de encontrar um comprador para a insígnia. A venda acabou por não prosseguir, com o grupo, ainda em 2019, a reafirmar a sua aposta na marca, dotando-a de uma estrutura de negócio independente para alavancar o seu crescimento em Portugal e Espanha. Esta estratégia prossegue no país vizinho, onde as mais de mil lojas manter-se-ão em atividade.

Por Bruno Farias

Diretor na revista Grande Consumo. Um eterno sonhador, um resiliente trabalhador. Pai do Afonso e do José.

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