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Lacticínios ressurgem como snack saudável

A instabilidade política e económica nas maiores economias do mundo está a afetar o desempenho global dos lacticínios, com uma descida de 9% das vendas em valor em 2015 e novo declínio em 2016.

Contudo, como nota a Euromonitor, grande parte deste desempenho pode dever-se à volatilidade das divisas, já que várias das maiores moedas enfraqueceram face ao dólar, incluindo o euro, a libra e o real, entre outras. Os efeitos das divisas não devem, assim, ser subestimados, até porque os consumidores não estão a comprar menos. De acordo com a Euromonitor, entre 2015 e 2016, as vendas de lacticínios em volume cresceram.

Este comportamento está em linha com a performance global dos snacks, uma categoria que já foi considerada o maior motor de crescimento da comida embalada. Diz a consultora que, finalmente, os consumidores reconhecem os lacticínios como um snack natural e nutritivo, o que está a beneficiar esta indústria. Consequentemente, muitas empresas de snacks estão a tentar ganhar relevância nos lacticínios para gerar novos crescimentos.

Especialmente nos mercados maduros, onde os produtos mais massificados, como o leite, continuam a mostrar descidas, as novas fontes de crescimento são encontradas nas alternativas ao leite e nas bebidas de leite com sabores. De igual modo, indústria dos lacticínios tem feito campanha sobre os benefícios do leite e os resultados começam também  a aparecer. Em 2016, as bebidas de leite com sabores cresceram fortemente. Além disso, a guerra contra o açúcar potenciou o ressurgimento dos lacticínios como um snack saudável, designadamente os iogurtes. “As empresas de snacks, como a Mondelez, podem atualmente pensar que os seus maiores concorrentes são a Mars ou a PepsiCo, mas na verdade, com o esbatimento das categorias, a própria definição de snacks está a mudar, fazendo de empresas como Yili, Mengniu e Lactalis os grandes concorrentes do futuro”, avança a Euromonitor.

A aquisição da WhiteWave por parte da Danone é um claro indício da direção do crescimento no sentido das propostas mais nutritivas, percurso que foi também seguido pela Nestlé. Além disso, o Grupo Bel está a aventurar-se fora dos lacticínios com a aquisição da empresa de snacks de fruta e vegetais MOM Groupe.

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