Apesar das insolvências, em maio último, terem aumentado 2,4% face ao mês homólogo de 2016, o número total de empresas insolventes nos primeiros cinco meses de 2017, em Portugal, é ligeiramente inferior ao registado no último ano (0,8%). Em termos de constituições de empresas, em maio registou-se um aumento de 12% e no acumulado esse aumento é de 6,3%.
De acordo com dados da Crédito y Caución, em maio, foi registado um total de 692 empresas insolventes. No acumulado do ano, houve menos 25 insolvências.
Lisboa foi o distrito com o aumento mais significativo de insolvências, ao passarem de 804 para 940 empresas, mais 136 do que em 2016 (+16,9%). O Porto também apresentou um valor elevado (640 empresas), mas que traduz uma diminuição de 8,7% em relação a 2016. Castelo Branco e Coimbra evidenciaram decréscimos significativos, de 32,7% e 24,2%, respetivamente. Os distritos que revelaram aumentos mais notórios foram Bragança e Faro, com aumentos de 38,9% e 27,7%, face ao período homólogo.
Por sectores, o comércio a retalho, a construção e obras públicas, eletricidade, o gás e a água, a indústria extrativa e transformadora, as telecomunicações e os transportes tiveram um decréscimo nas insolvências no período em análise. Estes decréscimos são mais significativos nos sectores da indústria extrativa (-16,7%), telecomunicações (-33,3%) e transportes (-1,5%). Os aumentos mais notórios registaram-se nos serviços (+6,5%) e na hotelaria e restauração (+5,7%).
Em termos de constituições de novas empresas, em maio último, registou-se um aumento de 12% relativamente a igual período de 2016, com uma evolução em termos absolutos de 3.076 para 3.447 empresas. Em valores acumulados verifica-sou um acréscimo de 6,3% em relação a 2016, com um total de 18.413 empresas constituídas nos primeiros cinco meses de 2017.
O número de constituições evidenciou-se de forma significativa apenas em Faro e Setúbal e não se verificaram descidas relevantes, tendo a maioria dos distritos mantido o peso das constituições.
