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Indústria agro-alimentar portuguesa prevê superar 17 mil milhões de volume de negócios este ano

Portugal pode orgulhar-se da sua indústria agro-alimentar”. Foi assim que João Torres, secretário de Estado da Defesa do Consumidor, deu início ao seu discurso na abertura do sétimo congresso da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA), que decorreu esta terça-feira, 25 de junho, no Convento do Beato, em Lisboa.

João Torres sublinhou ainda que esta indústria tem uma “importância estratégica na dinamização da economia nacional” e “tem vindo a registar um dinamismo crescente e uma boa performance tanto no mercado nacional como nos mercados internacionais”. O secretário de Estado da Defesa do Consumidor destacou também os importantes desafios que a indústria tem enfrentado e continuará a enfrentar “para corresponder aos desafios impostos pela escassez de recursos e alterações climáticas”, num contexto em que “as escolhas dos consumidores têm um papel fundamental”.

O secretário de Estado manifestou a disponibilidade “inequívoca” do Governo para a criação de diálogo entre os vários envolvidos na cadeia agro-alimentar, no sentido de trabalhar a superação dos vários desafios presentes e futuros.

O congresso teve início com o discurso do presidente a FIPA. Jorge Tomás Henriques destacou precisamente a importância da indústria portuguesa agro-alimentar. Esta deverá ultrapassar, em 2019, os 17 mil milhões de euros em volume de negócios, dos quais cinco mil milhões “são fruto do trabalho ao nível das exportações, representando 19% do total da indústria transformadora”. Além disso, esta indústria é composta por um universo de mais de 11 mil empresas e responsável por cerca de 115 mil postos de trabalho diretos e 500 mil indiretos.

Mas, “a verdade é que, se por um lado, é o maior sector industrial do país, tanto ao nível da criação de riqueza, como de emprego, por outro lado, a indústria agro-alimentar tem sido alvo de intervenções e iniciativas sem fundamento que colocam em causa a sua reputação e desvalorizam, quase sempre, a importante evolução que tem sido feita com vista a dar resposta aos dinâmicos desafios da sociedade“, frisou o presidente da FIPA.

Jorge Tomás Henriques deixou também um alerta. “Medidas de carácter unilateral e impositivas por parte do Governo ou do Parlamento terão consequências de muito menor alcance ao nível da saúde pública. E é por tudo isto que não aceitamos que a indústria agro-alimentar continue a ser o ‘bode expiatório’ de todos os problemas relacionados com a saúdeEsperamos que, para o nosso sector em particular e após os compromissos de reformulação, fique definitivamente afastada, no próximo orçamento do Estado, a ameaça de impostos especiais ao consumo e que haja vontade política de eliminar o imposto discriminatório que foi aplicado às bebidas refrescantes”, concluiu Jorge Tomás Henriques.

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