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Há menos portugueses a sentir dificuldades em pagar as despesas mensais fixas

As despesas mensais fixas continuam a representar uma fatia significativa do rendimento das famílias portuguesas, mas o seu peso diminuiu no último ano, segundo o inquérito Observador Cetelem Literacia Financeira 2019.

Para 51% dos portugueses, as despesas mensais fixas representam entre 25% e 50% do rendimento mensal. Estas despesas significam, no entanto, mais de 50% do rendimento mensal para cerca de 21% dos portugueses. Em 2018, eram 34% dos portugueses a indicar que estes gastos totalizavam mais de metade dos rendimentos.

Verifica-se, ainda, uma diminuição do número de portugueses que sente dificuldades em pagar as suas despesas mensais fixas: 40%, em 2018, e 18%, este ano.

Sobre o pagamento destas despesas, assinala-se uma diminuição da percentagem dos que pagam antecipadamente, que passou de 16%, em 2018, para 10%, este ano. Contudo, a percentagem daqueles que pagam no limite do prazo aumentou ligeiramente para 36%. Em 2018, era de 34%. Paralelamente, reduziu a percentagem dos portugueses que apenas pagam as suas despesas depois de finalizado o prazo, de 5%, em 2018, para os atuais 4%.

Ainda assim, 13% dos portugueses confirmaram que os seus gastos excederam os rendimentos em três dos últimos 12 meses, em média. Apenas 24% dos inquiridos revelam que tal situação não aconteceu no último ano.

Despesas inesperadas

No que respeita a despesas adicionais ou até mesmo inesperadas, 16% dos portugueses assumem que não têm capacidade para as suportar, valor que, em 2018, ascendia aos 28%.

A percentagem de inquiridos que conseguem suportar despesas extra aumentou também, dos 37%, registados em 2018, para 45%. O teto máximo do valor de despesa extra que os portugueses conseguiram suportar aumentou substancialmente, subindo dos 250 euros ,indicados em 2018, para 500 euros, este ano, no máximo (31% dos inquiridos).

Porém, se deparados com um cenário de desemprego, apenas 18% dos portugueses teriam capacidade para fazer face às despesas na totalidade, durante um período de três meses. Cerca de 45% dos inquiridos conseguiriam fazer face às suas despesas parcialmente durante esse período e 18% não teriam qualquer capacidade para assegurar o pagamento das suas despesas.

Numa análise mais detalhada, é possível perceber que os indivíduos da região Centro são os que mais conseguiriam fazer face às despesas na totalidade dos três meses (25%). Já entre os jovens dos 18 aos 24 anos, apenas 3% teria essa capacidade. Neste contexto de necessidade financeira, 36% dos portugueses recorreriam à família, 23% a um banco tradicional, 9% a instituições de crédito especializadas e 6% a amigos.

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