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Frescos impulsionam mercado dos bens de grande consumo

As categorias dos frescos e de higiene do lar foram as principais impulsionadoras do mercado de Fast Moving Consumer Goods (FMCG), com aumentos de 1% e 1,6%, respetivamente. Já a categoria da alimentação embalada penalizou este universo, com um decréscimo em termos de volume de 1,1%.

Dados do estudo Marcas+Consumidores da Centromarca e Kantar Worldpanel, referentes aos primeiros nove meses do ano.

O crescimento nos frescos na higiene do lar está ligado à atividade promocional em ambas as categorias. Na primeira, traduz o maior investimento do retalho nesta categoria, que é também cada vez mais promovida. Na segunda, a vontade de “stockagem” por parte dos consumidores para aproveitar as campanhas promocionais. A pastelaria foi a grande dinamizadora dos frescos, por oposição à carne e peixe, que foram penalizadas pelas vendas em promoção nos congelados.

Por via dos frescos e higiene do lar, até setembro, o mercado de FMCG registou um aumento de 2,9% em valor, a melhor evolução desde 2013. Ainda assim, verificou-se um decréscimo de 0,6% em volume, depois das quebras de 1,9% e 1,7% registadas, respetivamente, em 2015 e 2014.  

Não obstante, segundo Blandine Mayer, responsável comercial da Kantar Worldpanel, “sob a aparente estabilidade do mercado de bens de grande consumo em Portugal, apresentam-se fenómenos muitos distintos, envolvendo diferentes famílias de produtos, a indicarem que as mudanças nas tendências de consumo se começam a consolidar e, de certo modo, a mostrarem sinais de compensação”. Além disso, aos 2,9% de crescimento em valor, há que retirar o efeito das promoções.

O estudo indica que, nos três primeiros trimestres, os portugueses foram menos vezes às compras (-0,4%), mas gastaram mais face ao mesmo período do ano passado (+2,8%). O valor em cada ato de compra subiu para 36,95 euros. “Se há sensivelmente um ano as famílias portuguesas davam prioridade à quantidade comprada, hoje a tendência parece ser a de levarem menos produtos para casa, ainda que isso não signifique pagar menos“, afirma João Paulo Girbal, presidente da Centromarca. “E tal pode constatar-se pela redução ligeira, por parte dos consumidores, do tamanho da cesta a cada visita ao supermercado“.

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