Gonçalo Aparício, diretor do Forum Montijo, falou à Grande Consumo sobre a evolução do centro, que celebra 14 anos, e as perspetivas para o futuro.
Grande Consumo – O que o Forum Montijo veio trazer de novo ao panorama da oferta comercial agregada num mesmo espaço na região da Grande Lisboa? Em que é que este centro comercial se distingue face aos concorrentes?
Gonçalo Aparício – O Forum Montijo, centro comercial gerido pela Multi Portugal, foi inovador na altura da sua inauguração ao ser o primeiro empreendimento em Portugal com um formato que integra um centro comercial e um retail park, trazendo uma oferta comercial bastante alargada à população da sua área de influência. O Forum Montijo destaca-se da sua concorrência, seja em termos de formato, seja na relevância pela sua vasta oferta comercial, seja na experiência de compra que proporciona aos seus visitantes.
GC – A sua zona de influência é mais vasta do que outras ofertas similares?
GA – De facto, assumimos uma vocação suprarregional. Ou seja, em 2003, com a inauguração do centro, o Forum Montijo adotava uma propensão suprarregional, recebendo visitantes de distritos como Santarém, Évora e Beja e mesmo de zonas fronteiriças espanholas, onde não existia oferta comercial relevante para suprir as aspirações de compra dessas populações. Hoje, volta a fazer sentido voltar a afirmar a sua competência suprarregional, comunicando aos potenciais visitantes a evolução do Forum Montijo enquanto produto, da sua oferta comercial, e ao fazê-lo posicionar o centro de uma forma relevante para este público. 
GC – Como se preserva essa identidade?
GA – Para quem visita o Forum Montijo, este cunho regional é assimilado à primeira vista, já que do ponto de vista arquitetónico o desenho do centro é inspirado nos edifícios das quintas da região e das típicas praças de touros. No entanto, esta regionalidade passa muito para além da pedra e desenho do edifício, já que desde sempre mantivemos uma ligação muito próxima com as entidades da região que fazem do Forum Montijo o palco do melhor que têm para mostrar. Um exemplo disto é o Festival da Flor, evento que vai para a sua terceira edição e que pretende apoiar os produtores de flor da região e marcar o Montijo como a capital da flor de Portugal.
GC – O que é que representa, em termos práticos, ser considerado o centro comercial mais “stress free” do país? É um aspeto que se reflete em vendas para os lojistas?
GA – Acima de tudo, pretendemos valorizar o “tempo” de quem nos visita. Na nova assinatura, “Tempo para ter Tempo”, demos voz ao que as pessoas sentem quando vêm aqui. A sustentar esta afirmação, encontramos nos estudos de mercado que os nossos clientes de Lisboa – onde a oferta comercial é holística – têm como principal motivação de visita ao Forum Montijo o nosso ambiente relaxante.
GC – Como se venceu o “estigma” do passar a ponte?
GA – O estigma de passar a ponte vai-se esbatendo cada vez mais. Os acessos cada vez melhores permitem que, de Lisboa ao Forum Montijo, não se demore mais de que 15 a 20 minutos. Adicionalmente, o parque do Forum Montijo, sendo gratuito e descoberto, permite uma diferenciação positiva para quem nos escolhe como destino para efetuar as suas compras.
GC – O Forum Montijo continua a aumentar o número de visitas mensais ou anuais?
GA – Tendo em conta o enquadramento económico, a melhoria da oferta comercial do centro e as próximas novidades nesta mesma oferta, bem como a implementação de um plano de comunicação ambicioso que reposicionará o centro, estamos convictos de que o ano de 2017 será positivo para o Forum Montijo. A evolução de tráfego e vendas, ao longo dos últimos anos, não pode ser dissociada da introdução de um novo concorrente na área de influência, na zona de Setúbal, e da evolução que o próprio Forum Montijo sofreu, já que neste período se verificaram grandes alterações na sua oferta comercial, com a entrada de novas insígnias, a reformulação e ampliação de lojas já implantadas. Em 2016, o Forum Montijo registou um crescimento de 2% em termos de tráfego. Os indicadores que temos disponíveis já em 2017 indicam que vamos ter um crescimento bastante interessante tanto em termos de tráfego como de vendas.
GC – É possível traçar o perfil tipo do visitante do Forum Montijo? Conhecem quem vos visita?
GA – A grande maioria dos nossos visitantes tem entre 20 e 44 anos, distribuídos igualmente por género. Essencialmente, têm origem no distrito de Setúbal, deslocando-se em viatura própria. Destes, cerca de metade tem filhos. Assim, o perfil mais característico é o de uma família jovem, com um ou mais filhos, ativa, informada e que gosta de participar em atividades de lazer em família.
GC – Em 2017, o Forum Montijo assinala o seu 14.º aniversário. Como será assinalada esta efeméride?
GA – O Forum Montijo, coincidentemente com o seu 14ª aniversário, alterou a sua imagem corporativa ao adotar uma nova logomarca e uma nova assinatura, “Tempo para ter tempo”, que sustenta um novo posicionamento. Esta alteração representa uma mudança significativa, havendo necessidade de a comunicar. Assim, este 14º aniversário está a ser assinalado com uma presença mais forte na comunicação social, com uma campanha multimeios. Teremos também a implementação de novos serviços ao cliente e eventos e que estarão alinhados com este posicionamento. Um exemplo a curto prazo é o Festival da Flor, que será realizado entre 12 e 21 de maio, e que integrará um desfile de moda (no dia 13 de maio), com a presença de várias caras bem conhecidas do grande público.
GC – O que seria um bom exercício de 2017, qualitativa e quantitativamente?
GA – Se olharmos às primeiras semanas de 2017, em termos de tráfego, o centro cresceu acima da média do índice nacional da APCC. Se acrescentarmos a esta tendência positiva o facto de estarem previstas, ainda em 2017, novas introduções de grande relevância na oferta comercial, estamos bastante otimistas em relação ao que os anos de 2017 e 2018, tanto ao nível de tráfego como de vendas,podem trazer para o Forum Montijo e para os seus visitantes. Acima de tudo, queremos que os nossos clientes tenham “Tempo para ter Tempo”.
