Os dados do serviço Foliotrack da Marktest mostram que, na semana de 20 a 26 de abril, os folhetos do E.Leclerc foram os que contiveram o maior número de inserções entre as insígnias da grande distribuição alimentar.
Desde o início do ano até 26 de abril de 2020, as insígnias da grande distribuição publicaram um total de 261 folhetos promocionais. O Continente, com 46 folhetos no período, é a insígnia que mais tem apostado neste formato, responsável por 18% do total. Foi seguido pelo Lidl, com 42 folhetos (16%), e pelo Auchan, com 37 folhetos (14%).
Estes números equivalem a uma descida de 9,8% relativamente ao mesmo período de 2019, quando um total de 299 folhetos foi observado. Em termos relativos, o El Corte Inglés foi a insígnia que mais reduziu a exposição em folheto, passando de 10 para seis (menos 40%), enquanto o Minipreço Family subiu 18%, passando de 17 para 20 folhetos.
Evolução
Após a semana 11 (uma semana depois dos primeiros casos de Covid-19 em Portugal), o decréscimo deste tipo de comunicação foi sistemático até à semana 15, tendo evidenciado um crescimento depois dessa data.
Em inserções, os números desceram ligeiramente em 2020, com menos 0,4% do que no mesmo período de 2019, passando de 90.217 para 89.858 inserções. O Continente foi responsável por 26% do total de inserções em folheto, seguido do Pingo Doce, com 20% e do E.Leclerc, com 19%.
O Minipreço Family foi a insígnia que, em termos relativos, mais desceu em número de inserções em folheto, com menos 44%, passando de 6.803 para 3.802, enquanto o Aldi foi a que mais aumentou face a 2019, com mais 15%, passando de 3.256 para 3.737.
Folhetos reduzem 31%
Uma análise semanal mostra ainda que, em 2020, a semana 9 (de 24 de fevereiro a 1 de março), que precedeu o aparecimento dos primeiros casos positivos de Covid-19 em Portugal, foi a que registou um maior número de folhetos e de inserções em folheto, com 21 folhetos e 7.717 inserções. Pelo contrário, na semana 15 (semana da Páscoa) observou-se o menor número de folhetos (9) e inserções (2.884), menos de metade do registado seis semanas antes. Estes números equivalem a uma redução de 31% no número de folhetos e de 39% no número de inserções relativamente à mesma semana do ano anterior.
