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Face ao encerramento de lojas, e-commerce da Fnac cresce 160%

A crise gerada pela Covid-19 traduziu-se num prejuízo estimado de 400 milhões de euros, no final de maio, para a Fnac Darty, não considerando a contribuição da insígnia Natures & Découvertes, adquirida em 2019.

O grupo teve de fechar a quase totalidade das suas lojas, durante o período de confinamento, privando-se de 80% do seu volume de negócios.

Em contrapartida, o e-commerce registou um forte crescimento de 160% neste período, em comparação com 2019. O grupo registou um milhão de novos clientes e mais de quatro milhões de transações nos seus sites de e-commerce.

Estou particularmente orgulhoso do trabalho excecional das nossas equipas, que permitiu ao grupo prosseguir com todas as suas atividades fora das lojas, sem interrupção na resposta às necessidades dos nossos clientes durante o período de confinamento, e assegurar o sucesso da reabertura de lojas a partir de 11 de maio. A muito boa gestão financeira do grupo e o envolvimento único das suas equipas foram decisivos ao longo dos três meses. Face ao choque gerado por esta crise sanitária, o grupo demonstrou, uma vez mais, a força das suas marcas Fnac e Darty, a pertinência e a agilidade do seu modelo omnicanal e a qualidade da sua oferta de produtos e serviços”, afirma Enrique Martinez, diretor geral da Fnac Darty.

 

Abertura de lojas não trava crescimento do e-commerce

No final de maio, as vendas da Fnac registavam uma queda de 14,4% (-16,4% numa base comparável), para os 2.211 milhões de euros. Em abril, as vendas retrocederam 51,4% (-52% numa base comparável), para os 233 milhões de euros.

Na zona França-Suíça, no final de maio, as vendas caíam 16,5% e na Península Ibérica contraíam 23,2%. Já na zona Bélgica-Luxemburgo, a queda era de 7,6%.

Do ponto de vista operacional, a crise da Covid-19 desenrolou-se em duas fases distintas. A primeira diz respeito ao confinamento, com a quase totalidade das lojas do grupo encerradas a partir de 15 de março. Nesse sentido, o negócio online ganhou preponderância, com o grupo a multiplicar por quatro as entregas ao domicílio. Por categorias de produto, neste período, destacaram-se os produtos técnicos, liderados pela informática.

A segunda fase, correspondente ao desconfinamento e reabertura das lojas, prolongou-se até ao início de junho. A quase totalidade das lojas em França, na Suíça e na Bélgica reabriu a partir de 11 de maio e em Portugal a partir de 15 de maio. Em Espanha, a reabertura foi mais progressiva e ao longo de mês, concluída no início de junho. A execução neste período de regresso à atividade das lojas físicas traduziu-se num crescimento 10% no volume de negócios dos pontos de venda (numa base comparável), entre 11 e 31 de maio. Na Península Ibérica, contudo, houve uma queda de 64,1% relacionada com a abertura mais tardia das lojas em Espanha.

O facto de as lojas estarem já abertas não travou o crescimento do e-commerce, que, de 11 a 31 de maio, evoluiu 110%. Por categorias de produto, nesta segunda fase prosseguiu o forte dinamismo da informática e do gaming. O grupo reportou também uma forte procura de grandes eletrodomésticos e de produtos ligados à mobilidade urbana. Inversamente, os livros continuaram em forte descida.

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