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Encontro Nacional de Lacticínios reforça benefícios do leite e união do sector

O Centro de Congressos de Lisboa recebeu o Encontro Nacional de Lacticínios, cujo debate se centrou na importância do leite e dos produtos lácteos numa perspetiva nutricional intergeracional, mas também com realce para a importância desta atividade na economia nacional e mundial.

A constatação da inequívoca qualidade nutricional dos produtos lácteos, da impressionante evolução da produção ao nível do bem-estar animal e da sustentabilidade ambiental, bem como o apoio transmitido pelos profissionais de saúde permitiram concluir que, apesar dos ataques a que o sector tem sido sujeito, as mensagens ao consumidor tem de ser baseadas neste património da humanidade”, refere a organização.

Paulo Costa Leite, diretor geral da ANIL acredita que “o sector alimentar tem estado no centro da discussão pública e mesmo os alimentos que crescemos a acreditar serem seguros são agora questionados e alvo de discórdia. Acreditamos que todo o consumo alimentar tem de ser equilibrado mas que o panorama nacional é bastante positivo e temos fortes razões para confiar no leite e seus derivados”.

O contributo mais desafiante foi lançado pelo orador Sérgio Calsamiglia: “O que seria um mundo sem vacas? Qual seria o impacto socioeconómico e ambiental para o nosso planeta se todos os componentes que constituem o leite tivessem de ser obtidos de outras fontes de nutricionais? Quantos Milhões de metros quadrados de terra arável eram necessários utilizar para suprir parte das necessidades alimentares que o leite garante?”. Durante a sua apresentação, realçou que “as boas práticas de maneio são essenciais à qualidade do leite produzido. Vacas felizes é sinónimo de produção de leite com qualidade e crescimento do sector”. Lembrou igualmente que “uma exploração limpa, monitorizada, com avaliações de dados sobre a saúde e nutrição dos animais, permitem obter ganhos numa produção mais exigente”. Assim sendo, concluiu que “a produção de leite hoje em dia não tem nada a ver com aquela que era feita há 20 anos. Antes do ano de 2000 não havia qualquer legislação que regulasse esta produção. Atualmente há todo um conjunto de normas de higiene e de cuidados alimentares dos animais que faz com que o leite que consumimos seja muito mais saudável, e nutricionalmente mais adequado”.

Neste sentido, tal como afirmaram nas suas apresentações Gisele Câmara, representante da Direção Geral de Saúde, e Helena Real, nutricionista, o grupo dos lacticínios tem de estar presente na nossa alimentação diária e é fundamental nas várias etapas da vida. Comparando a roda dos alimentos de vários países, Helena Real afirmou que “os lacticínios têm um papel insubstituível na alimentação, ao contrário do que muitas correntes querem fazer crer”. “Perante a melhor informação científica disponível, o objetivo é passar uma mensagem clara e informada”, reforçou Gisele Câmara.

É a partir desta premissa que Jerreau Beaudoin, diretor de comunicação da Global Dairy Platform, refere que “não nos podemos esquecer de que estamos a falar de um produto que é inequivocamente bom para a saúde. Temos é de o demonstrar ao consumidor. Tem de existir uma união do sector e a criação de uma linguagem comum que transmita uma mensagem positiva, clara e coerente ao consumidor, comprovada por factos científicos”.

O encontro teve ainda a participação de Marina Bortoletto, gestora de marketing da TetraPak, empresa que levou recentemente a cabo um estudo sobre a imagem que os consumidores, a nível global, têm do leite. “As conclusões do estudo foram claras: o leite continua a ser bem visto pela população em geral como sendo um produto saudável e saboroso. A maior parte dos consumidores não tem dúvidas sobre os benefícios do leite. No entanto, é verdade que houve uma diminuição do consumo. O sector tem de ser capaz de dar a volta a esta situação”.

Carla Teixeira participou em representação da Portugal Foods e delineou as tendências atuais no sector lácteo e as respetivas estratégias para contrariar a diminuição do consumo. “Quer nos queijos, quer nos leites, a tendência prende-se essencialmente numa comunicação aos produtos naturais ajustados aos diferentes segmentos de necessidades nutricionais dado que o consumidor tem uma maior preocupação com a saúde. Há ainda uma tendência para o crescimento dos produtos premium”.

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