A incerteza quanto ao futuro da Catalunha e a fuga de empresas provocaram uma corrida em massa à compra de alimentos básicos e ao levantamento de dinheiro. As cadeias de supermercados notaram um aumento das vendas de arroz, açúcar e azeite, com os lineares a esvaziarem mais rapidamente.

O número crescente de empresas que estão a mudar a sua sede social para outras regiões de Espanha está a potenciar este temor social. A Seat, por exemplo, já afirmou que manterá a sua sede social em Martorell desde que não haja uma declaração unilateral de independência.

Em cinco anos, mais de 4.800 empresas abandonaram a Catalunha. Desde o referendo do passado dia 1 de outubro, foram 30. Casos da eDreams, dos bancos Sabadell e Caixa Bank, da Gas Natural Fenosa ou da MRW, apenas para citar alguns. A cervejeira San Miguel, propriedade do Grupo Mahou-San Miguel, também decidiu deslocar a sua sede social de Barcelona para Málaga, onde conta com um centro de produção há mais de 50 anos. A empresa explicou que esta decisão se deve “ao compromisso de garantir a máxima segurança jurídica para a companhia e para os seus profissionais no desenvolvimento da sua atividade”.

Para além do já referido caso da Seat, outras empresas estão a seguir de perto a atualidade política para decidir se continuam ou não na Catalunha. É o caso da Freixenet e da Codorníu, a empresa familiar mais antiga do país, nascida em 1551. A Idilia Foods, proprietária das marcas Cola Cao e Nocilla, advertiu também que mudará a sede social caso haja uma declaração de independência. O grupo alimentar, propriedade da família Ferrero, emitiu um comunicado onde apela aos responsáveis políticos que “solucionem a situação criada na Catalunha com a maior urgência possível”. A Idilia Foods, uma das empresas que se resultou da cisão da Nutrexpa, tem a sua sede em Barcelona há mais de 70 anos e tem sido um dos alvos do boicote aos produtos catalães decretado nas redes sociais.

No sector do retalho, o Lidl já confirmou que “não prevê qualquer mudança desde que não se modifique o atual ordenamento jurídico”. Caso haja uma declaração unilateral de independência, a cadeia de discount irá tomar “as medidas necessárias para garantir o desenvolvimento do negócio na Catalunha e em Espanha”.

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