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Empresário português Luís Amaral opõe-se à OPA sobre o Grupo DIA

O empresário português Luís Amaral, detentor de uma participação de 2% no Grupo DIA, indicou o seu apoio à proposta do conselho de administração, opondo-se, assim, à oferta pública de aquisição (OPA) feita pelo fundo do magnata russo Mikhail Fridman, no valor de 296 milhões de euros.

O dono da Eurocash, uma das maiores cadeias da Polónia, defende que a oferta da Letterone desvaloriza as ações da DIA e que o fundo sediado no Luxemburgo “aproveitou a confusão derivada pelas importantes perdas por deterioração” do grupo. No seu entender, o plano da administração da DIA “oferece maior valor aos acionistas a curto, médio e longo prazo” e é capaz de “restaurar a credibilidade da companhia junto da banca, dos credores e dos fornecedores”.

O apoio ao plano da administração é, no entanto, condicionado pela oferta de “uma valorização adequada da companhia”.

Também a Morgan Stanley exige algumas condições para levar a cabo a ampliação de capital no valor de 600 milhões de euros que acordou com o grupo. Num comunicado enviado pela DIA ao regulador do mercado, indica-se que a Morgan Stanley pediu que o grupo tenha “uma estrutura de capital sustentável”, ou seja, liquidez para financiar o plano de negócios durante, pelo menos, 18 meses e que a sua dívida líquida não ultrapasse 2,25 vezes o resultado.

 

Bruxelas autoriza OPA

Entretanto, a Comissão Europeia autorizou a operação de concentração em relação à OPA da Letterone sobre a totalidade das ações da DIA, um dos requisitos para que avance. Também o regulador brasileiro em matéria de concorrência deu o seu aval.

O sucesso da proposta depende agora da aceitação por parte de outros acionistas que possuam, pelo menos, 35,5% das ações e que não se emitam mais títulos antes da operação estar concluída.

O fundo acredita que os acionistas irão a aceitar vender as suas ações a um preço de 0,67 euros por título, “o que representa uma valorização significativa de 56,1% face ao preço no encerramento da sessão a 4 de fevereiro”.

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