A Diageo assinou um acordo de joint-venture com a Cuba Ron SA para comercializar o rum da marca Santiago de Cuba, desafiando os esforços dos Estados Unidos da América para dissuadir investimentos naquele país.
O novo empreendimento 50-50, Ron Santiago SA, terá direitos internacionais exclusivos para a marca premium, considerada a melhor pelos moradores locais, juntamente com o Havana Club, que é comercializado pela francesa Pernod Ricard sob um acordo semelhante assinado na década de 1990.
O negócio surge numa altura em que os Estados Unidos estão a aumentar as sanções contra Cuba e a tentar impedir investimentos estrangeiros.
Em maio, a administração de Donald Trump permitiu que o Título III do 1996 Helms Burton Act entrasse em vigor, possibilitando que cidadãos norte-americanos processassem empresas estrangeiras que lucram com a propriedade que lhes foi tirada após a revolução cubana de 1959. O Título já tinha sido suspenso pelos antecessores de Donald Trump.
A destilaria de Santiago e propriedades relacionadas foram, alegadamente, nacionalizadas. O rum cubano é proibido nos Estados Unidos, mas é popular em toda a Europa e noutras partes do mundo. “O rum cubano representa 9% das vendas no retalho de rum premium em todo o mundo“, diz o comunicado da nova empresa.
Em relação à implementação da secção do Helms-Burton Act, Luca Cesarano, diretor geral da nova joint-venture, afirma estar confiante de que a empresa não será afetada.