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Crédito y Caución quantifica danos da guerra comercial para o crescimento global

O mais recente “Economic Outlook” divulgado pela Crédito y Caución quantifica em 0,5 pontos percentuais sobre a taxa de crescimento do PIB mundial o impacto que poderia ter um agravamento da guerra comercial entre os Estados Unidos da América e a China.

Embora as primeiras medidas adotadas pela administração norte-americana apontassem para uma guerra comercial global, “gradualmente, foi-se tornando evidente o verdadeiro objetivo da política comercial dos Estados Unidos: a China”. O relatório coloca no centro do conflito a ambição estratégica da China de promover sectores como a robótica, os veículos movidos a energias alternativas, a biotecnologia ou os equipamentos aeroespaciais e ferroviários avançados, algo que os Estados Unidos entendem como “uma ameaça existencial à sua liderança tecnológica“. Além disso, a China coloca esta ambição estratégica “no centro do seu desenvolvimento económico“. Com estas bases, é de considerar novos avanços “numa guerra comercial que evoluiu rapidamente“.

Segundo as estimativas do relatório, num cenário onde a guerra comercial para nos 400 mil milhões de dólares em exportações chinesas para os Estados Unidos afetados por uma tarifa de 10% e todas as exportações dos Estados Unidos para a China afetadas por 25%, isso significará uma queda no crescimento mundial de 0,5 (2019) e 0,8 (2020) pontos percentuais. No caso dos Estados Unidos , o efeito é de 0,7 (2019) e 1,0 (2020), abaixo de 0,8 (2019) e 1,3 (2020) na China. Nesse cenário, três quartos das exportações chinesas para os Estados Unidos seriam desviados para o resto do mundo. As exportações da União Europeia para os Estados Unidos cresceriam em 50 mil milhões de dólares.

A guerra comercial aumentará os preços e restringirá a procura, tanto nos Estados Unidos como na China. Isso terá um impacto deflacionário direto na economia global e indireto dos Estados Unidos e da China noutros países, que reduzirá a inflação no resto do mundo e que poderia ver-se agravado se a China começasse a fazer dumping nos mercados internacionais“, explica o relatório.

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