A crise da Covid-19 produziu, ao longo de 2020, várias alterações nos comportamentos dos consumidores e um dos sectores que viu a sua procura influenciada foi a confeitaria, indica uma análise da IRI. Com as saídas de casa e as interações sociais limitadas, os momentos de indulgência foram transferidos para dentro do lar.
Durante o primeiro período de confinamento, entre 14 de março e 9 de maio, o consumo de chocolate disparou em Espanha (31,9%), país que liderou o crescimento deste produto na Europa. Neste mercado, as tabletes de chocolate cresceram 38,6% e as gomas aumentaram 37,8%. Mais moderado foi o crescimento dos caramelos (2,1%), enquanto que as pastilhas elásticas caíram 25,3%.
Alemanha lidera nos caramelos
De acordo com a análise da consultora, a Alemanha é o principal mercado europeu no segmento de caramelos, não obstante este ter caído 1,8%, no período de confinamento. Já o chocolate cresceu 0,6%, com destaque para as barritas de chocolate e frutos secos, que evoluíram 17,8%. Em contrapartida, as tabletes e formas desceram 6,4%.
Já em França, durante este período, o chocolate cresceu 19,6%. Inversamente, o segmento dos caramelos perdeu 23,5%, devido ao comportamento dos doces pequenos e das pastilhas elásticas.
Itália estreia tendências
Na Grécia, a pandemia teve um impacto significativo no sector do turismo. Durante o confinamento, o segmento do chocolate aumentou 22,4%, catalisado pelas tabletes, que cresceram 28%. Pelo contrário, o segmento dos caramelos caiu 8,1%.
Já Itália, primeiro país europeu afetado pela Covid-19, converteu-se em precursora de muitas das primeiras tendências da pandemia. Segundo a IRI, a confeitaria teve um mau momento, sobretudo os segmentos associados ao consumo fora do lar, como o dos caramelos, que perdeu 25,7%, com as descidas mais pronunciadas nas pastilhas elásticas.
Finalmente, na Holanda, as repercussões do confinamento não foram tão pronunciadas como noutros mercados europeus, com o chocolate a aumentar 4% e o caramelo a cair 3,7%.