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Costco com aterragem turbulenta na China

O retalhista norte-americano Costco Wholesale desafiou a guerra comercial entre Washington e Pequim ao abrir o seu primeiro estabelecimento físico no país asiático, cinco anos após o seu desembarque online. No entanto, o seu início foi marcado por uma abertura caótica que forçou a loja a fechar portas mais cedo devido à avalanche de clientes.

Localizada num bairro de Xangai, a loja abriu para o público ontem (terça-feira, dia 27 de agosto) de manhã, atraindo milhares de visitantes e causando caos circulatório em redor da loja, bem como nos seus corredores internos.

As expectativas que Costco havia criado com a sua chegada ao país já eram altas. Um funcionário do estabelecimento disse ao Global Times que cerca de 130.000 pessoas já se tinham registado como membros da loja até segunda-feira à noite.

Com uma espera de cerca de três horas para estacionar no estacionamento da loja – o maior da empresa, com capacidade para 1.200 veículos -, os funcionários da Costco decidiram restringir o acesso ao local para facilitar a circulação.

Mas dentro da loja a situação não era muito melhor. De acordo com vários relatos da media local, os clientes foram forçados a esperar em filas de até duas horas para pagar as suas compras nas caixas.

Assim, os responsáveis da loja decidiram fechar as portas do mesmo quando o relógio bateu por volta das 14:00 horas. “Devido à aglomeração no estabelecimento e a fim de proporcionar uma melhor experiência de compra, a Costco irá fechar temporariamente durante esta tarde”, anunciou a empresa.

60% do sortido é de origem local

A loja possui cerca de 3.400 referências, das quais 40% são produtos importados e 60% são de origem local. A sua marca própria, Kirkland Signature, representa 10% da oferta.

Cobrindo várias categorias, incluindo alimentos, produtos frescos, álcool, material de escritório, eletrónica, roupas e joalheria, os preços da Costco serão 30 a 60% inferiores do que os mesmos produtos no mercado, de acordo com a própria empresa.

Temos uma equipa especial enviada para os Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão, Coréia e outros países para comprar produtos pelo preço mais barato“, reconhece o vice-presidente do grupo para a Ásia, Richard Zhang. Devido à guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, o retalhista substituiu algumas das importações dos EUA por produtos frescos da Austrália para manter os preços baixos.

A empresa norte-americana não descarta a sua expansão no mercado chinês: “Se o negócio funcionar, abriremos outras lojas em breve”, confirma Richard Zhang, em declarações à AFP.

Os consumidores chineses estão dispostos a pagar por um cartão que lhes dá o privilégio de fazer as suas compras numa viagem. O conceito não é novo no país“, lembra.

No entanto, os precedentes de outros retalhistas ocidentais na China não são muito encorajadores. O último exemplo é o Carrefour, que anunciou a venda de 80% dos negócios há alguns meses. O espanhol DIA deixou o mercado no ano passado e a britânica Tesco já tinha feito o mesmo em 2014.

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