in

Contexto económico e novos hábitos de consumo impulsionam o mercado de cuidados do lar

O sector de cuidados do lar em Portugal vai continuar a crescer e chegar a um valor de 608 milhões de euros, em 2019, 4,6% mais que em 2017, ano em que alcançou vendas de 581 milhões de euros.

Estes dados são recolhidos no relatório “O mercado de produtos de limpeza doméstica em Portugal”, elaborado pelo Gabinete Económico e Comercial da Embaixada da Espanha em Lisboa. Segundo este estudo, o contexto económico positivo do país, após o período de crise, onde os baixos preços eram o principal fator de compra, está a influenciar o mercado.

Depois de vários anos a racionar a compra e a procurar opções competitivas e baratas, os portugueses estão mais predispostos a investir em produtos com maior eficácia e que tornam a limpeza mais fácil. Esse fator económico, juntamente com outros aspetos, como a mudança de estilos de vida, condiciona os hábitos de compra dos portugueses. Assim, o atual ritmo de vida, tão acelerado, faz com que cresça a demanda por produtos específicos que economizem tempo nas tarefas e tenham funções multifuncionais.

Há também uma preocupação maior com a composição e os efeitos nocivos que os produtos de limpeza podem causar em casa e no planeta. Por outro lado, o consumidor está mudar e agora tem uma presença online maior, daí a necessidade, por vezes, de desenvolver aplicações móveis para que o fabricante possa aumentar o valor de seu produto.

Neste cenário, onde as mudanças nos estilos de vida e hábitos de compra estão em constante evolução, existem oportunidades de negócio.

Atualmente, o tecido empresarial dedicado ao fabrico e venda de produtos de limpeza em Portugal é maioritariamente composto micro-empresas (70%) e 60% foram criadas há mais de 10 anos. As principais empresas do sector são Jodel, CTR, Reckitt Benckiser, Mistolin e F. Lima.

Em relação às importações, Portugal realizou compras no valor de 413,67 milhões de euros em 2017, mais 7% do que no ano anterior. Neste ponto, Espanha é o principal fornecedor (195 milhões), seguida pela Holanda (55 milhões), Alemanha (50 milhões), França (27 milhões) e Itália (27 milhões).

As previsões estabelecidas pela Euromonitor indicam que, em 2022, serão atingidos os 639 milhões de euros. Espera-se crescimento no sector em geral e, mais especificamente, nas categorias de detergentes, cuidados com a roupa e limpeza da casa de banho.

Coca-Cola European Partners Ibéria quer que 40% dos seus quadros diretores sejam mulheres

Faturação da AB InBev desce 3,23%