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Conforama avalia venda do seu negócio em Portugal e Espanha

Numa altura em que o negócio no seu mercado doméstico, o francês, se encontra em profunda reestruturação, com uma redução considerável do número de lojas, a Conforama está a avaliar possíveis opções para as filiais em Portugal e Espanha.

A informação é avançada pelo Figaro e pelo Expansón, que citam fontes próximas, indicando que estão a ser feitos contactos com potenciais compradores. Nesse sentido, a Conforama terá já contratado o banco de investimento Rothschild para levar a cabo esta venda.

De acordo com o jornal francês, a filial ibérica é a mais importante para a Conforama, responsável por 13% das suas vendas. Presente em Portugal desde 1983 e em Espanha desde 1984, a Conforama desenvolveu-se fortemente em ambos, aproveitando a retoma do mercado imobiliário após a crise de 2008.

A situação não está, contudo, fácil em França, onde foram anunciados o encerramento de 32 lojas, mais 10 Maison Depot, e o despedimento de 20% dos seus recursos humanos, num toral de 1.900 colaboradores. A administração da empresa sustenta que se trata de uma medida necessária para reduzir os prejuízos e devolver a rentabilidade. “Desde 2013 que a Conforama acumula prejuízos em França, que chegam aos 500 milhões de euros”, indicam, acrescentando que a empresa terá de posicionar-se para fazer face “às mutações profundas do sector da distribuição e, muito particularmente, da distribuição especializada”, ao que se junta a concorrência exacerbada e a rápida evolução dos modos de consumo. “Neste contexto, a nossa insígnia não está suficientemente adaptada e sofreu uma forte descida da rentabilidade da sua rede de lojas”, uma situação agudizada pelas dificuldades financeiras da casa-mãe, o grupo sul-africano Steinhoff. As medidas agora tomadas destinam-se a “assegurar a perenidade da Conforama e salvaguardar o mais número possível de postos de trabalho a longo prazo”.

Com esta reestruturação, a administração pretende reequilibrar a cadeia em dois anos.

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