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Como será o regresso à normalidade pós-Covid?

Foto Shutterstock

No regresso à normalidade pós-Covid, poucos sectores vão ficar iguais, mas alguns irão demorar mais a seguir em frente. “Nesta época todos fomos forçados a adotar comportamentos que, de outra forma, não teríamos. Até podemos comprar o mesmo, mas compramos de forma diferente. Nesta altura, em que se fala de um eventual fim/atenuar do confinamento, é fundamental perceber como os consumidores irão atuar num ‘futuro próximo’ e que comportamentos adotados nesta época tão atípica se poderão manter, pelo menos durante algum tempo”, indica Sofia Abecasis, sócia fundadora da Boutique Research.

De acordo com o estudo da Boutique Research em parceria com a Netquest, o retorno aos espaços ao ar livre, como a praia e os jardins, as lojas de rua e as esplanadas, parece vir a fazer-se de forma automática. Mas há outras atividades que demorarão a voltar a ter a confiança: 62% dos inquiridos não irão de imediato viajar de avião, 65% também não irá de imediato a concertos e festivais, 57% a ginásios, 60% a hotéis e 45% a centros comerciais.

O estudo indica ainda uma segunda tendência, relacionada com o aumento imediato, embora pontual, de compras em alguns sectores. É o chamado “revenging spending”, com 95% dos portugueses a ansiar comprar um produto ou serviço quando acabar a quarentena: 63% quer ir a um restaurante ou café, 51% quer ir ao cabelereiro/manicure/barbeiro, 41% quer ir ao médico e 40% quer marcar férias em Portugal.

O estudo da Boutique Research aponta, ainda, para a manutenção de alguns hábitos de compra adquiridos durante a pandemia. Se é certo que 69% dos inquiridos passaram a estar menos tempo no supermercado, 38% tenciona manter este hábito. De igual modo, se 37% passou a não tirar os produtos das prateleiras e voltar a colocar, 24% pensa continuar assim depois da pandemia. O estudo mostra ainda que 43% passou a comprar o máximo possível no mesmo supermercado e que 23% pretende manter este comportamento. Há ainda 45% das pessoas entrevistadas a dizer que passaram a fazer uma lista de compras e a comprar apenas o que está na lista 36% disse que doravante vai seguir esse método. Ir a supermercados mais perto de casa ou passar a pagar mais com cartão são outros dos comportamentos que poderão manter-se no período pós-confinamento.

 

Bricolage desponta

Estar mais tempo em casa despertou também a vontade de remodelar. Para 46% dos entrevistados, a quarentena fez com que queiram levar a cabo pequenas reformas, nomeadamente pintar (45%), comprar artigos de decoração (25%), renovar mobiliário (30%), renovar casas de banho (26%) e renovar a cozinha (20%).

Por fim, o estudo mostra que a Covid-19 veio acelerar uma tendência que já se verificava antes, mas deu-lhe novos contornos. Não se assistiu a um grande aumento da penetração das compras online neste período (apenas 2% refere ter feito a sua primeira compra durante o confinamento), mas há novas categorias a entrar no carrinho de compras (22% refere ter passado a comprar online coisas que nunca tinha comprado). Entre estas destacam-se os alimentos frescos (31%), os medicamentos (29%) e a comida pronta/take away (28%).

De acordo com o estudo, as principais dificuldades sentidas neste momento são confinamento (18%), isolamento (7%) e falta de contacto/convívio social/pessoal (7%), fazendo com que 41% dos portugueses sintam ansiedade e que 39% aponte para um nível maior de stress. No geral, 73% revela uma grande preocupação com o futuro.

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