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Como conseguir financiamento para a sua empresa?

diretores financeiros
Foto Shutterstock

Grande Consumo parceria ComparaJá.pt

 

Está a pensar em criar um negócio ou precisa de investir no seu projeto? Devido à pandemia provocada pela Covid-19, existe algum receio em investir. No entanto, as entidades governamentais têm vindo a criar mecanismos de apoio, no sentido de apoiar a retoma da economia.

Em Portugal, são várias as opções de financiamento, que vão desde soluções tradicionais a outras alternativas mais recentes. Neste artigo, preparado em parceria com o simulador de produtos financeiros ComparaJá.pt, serão exploradas diversas soluções de financiamento para que possa escolher aquela que faz mais sentido para si e para o seu negócio.

 

  1. Empréstimo bancário

Quando pensa em financiamento, talvez a primeira ideia que lhe surge sejam os créditos provenientes de instituições financeiras. Estas são as soluções mais tradicionais e, grande parte dos bancos, oferece condições especiais para micro, pequenas e médias empresas. Para ter uma ideia das taxas e prestações mensais a pagar, pode simular aqui oferta de crédito ao consumo dos bancos em Portugal.

Todavia, a sua oferta de investimento tende a ser mais burocrática e morosa, podendo não revelar-se um mecanismo em termos de “timing” ideal para o seu negócio.

Por outro lado, quando se trata de uma empresa nova, o risco para as entidades bancárias é mais elevado, pelo que as condições de financiamento poderão não ser tão atrativas e, por conseguinte, implicar juros demasiado elevados e várias garantias pessoais.

 

  1. Concursos ou iniciativas públicas

Uma outra forma de conseguir o investimento que procura poderá ser através dos vários programas de promoção ao investimento alavancados pelo Governo português.

O IAPMEI é um organismo que presta apoio às pequenas e médias empresas e à inovação. Em 2019, esta entidade lançou o Portal de Investimento, onde se pode aceder às várias formas de apoio público, com especial foco nas PMEs.

A Startup Portugal foi criada, em 2016 ,pelo Ministério da Economia, com o intuito de alargar a dinâmica do ecossistema empreendedor em Portugal, procurando atrair não só investidores nacionais como internacionais e prestar todo o apoio às startups nas várias fases do seu desenvolvimento e crescimento. A StartUP Voucher é uma das iniciativas promovidas por este programa, que tem como objetivo apoiar projetos em fase de ideia. Destina-se a empreendedores entre os 18 e os 35 anos e terão uma bolsa mensal de 691,70 euros, durante um ano.

Atualmente, a Startup Portugal promove o Programa de Apoio à Criação do Próprio Emprego, através de três mecanismos de apoio: MICROINVEST, INVEST+ e Medida Investe Jovem.

Dentro da mesma linha está o Empreender 2020, que consiste num projeto desenhado pela Fundação AEP e que conta com o apoio do Compete 2020. Com o financiamento do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, tem como objetivo dar as condições necessárias para os jovens que emigraram na última crise financeira voltarem a Portugal e investirem nas suas ideias de negócio.

Os programas públicos não se restringem aos anteriormente mencionados, pelo que poderá consultar todas as iniciativas no site oficial do Governo.

 

  1. Soluções alternativas

Não obstante às opções tradicionais de financiamento, há outras alternativas através das quais poderá conseguir o investimento e apoio à gestão necessários para o desenvolvimento da sua ideia de negócio. De seguida, indicaremos várias opções disponíveis em Portugal.

a) Incubadoras e aceleradoras

Além de darem o apoio monetário para o crescimento de um projeto, as incubadoras de empresas acabam por prestar outro tipo de serviços essenciais para o sucesso do mesmo. Know-how, rede de contactos, consultoria, apoio à gestão do negócio e espaço empresarial são algumas das mais-valias oferecidas por estas entidades no desenvolvimento de uma startup. Existem várias regras para ter acesso a este tipo de acompanhamento, nomeadamente ter um plano de negócio viável. A ANJE,  o Instituto Empresarial do Minho e a Taguspark são algumas incubadoras existentes em Portugal.

As aceleradoras, por sua vez, são programas com uma duração definida, período em que os empreendedores têm acesso a um programa de mentoria e workshops, nomeadamente na melhoria do modelo de negócio e nas estratégias de comercialização.

b) Business Angels

Os business angels são, na prática, investidores privados que efetuam investimentos em projetos que acreditam ter potencial de crescimento. Esse apoio não se restringe apenas ao financiamento monetário, mas abrange também know-how e networking. Em negócios que estejam a dar os primeiros passos, estes são considerados uma espécie de padrinhos, ao contribuírem com capital em troca de uma participação nesse projeto.

c) Capital de risco

Semelhante à forma de atuação dos business angels, este instrumento funciona em escalas maiores, já que implica financiamentos mais elevados e em fases de negócio mais avançadas. Neste campo entram as Sociedades de Capital de Risco, que fazem o investimento com recurso a capitais próprios. Por norma, a participação do operador de capital de risco no projeto prolonga-se entre três e sete anos. Entre as diversas vantagens, está a não exigência de garantias reais ou pessoais por parte dos empreendedores, a facilitação no acesso a capitais alheios e o acesso a uma larga rede de conhecimento na área de negócio.

d) Crowdfunding

Nos últimos anos, o crowdfunding tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos. Trata-se de um método de financiamento coletivo, em que os empreendedores procuram por investidores ao invés de terem um em específico. Geralmente, esses investidores dão pequenas contribuições que são usadas para dar início a um dado projeto. Dentro do crowdfunding existem quatro modalidades de angariação de fundos:

  •         Colaborativo: entidade financiadora recebe um donativo;
  •         Recompensa: investidor recebe uma compensação pelo financiamento efetuado;
  •         Capital: investidor adquire uma participação no capital social, distribuição de dividendos ou partilha de lucros;
  •         Empréstimo: projeto financiado paga o financiamento obtido através do pagamento de juros.

Independentemente da modalidade escolhida, o processo é bastante simples. Terá de aceder a uma plataforma online de crowdfunding, criar uma campanha expondo a sua ideia de negócio e, finalmente, definir uma meta de financiamento. Posteriormente, terá de indicar a quantia mínima e o prazo limite da campanha. Após terminar a data estipulada, e caso o objetivo financeiro tenha sido cumprido, o empreendedor receberá o total dos fundos. Todavia, a maior parte das plataformas cobra 5% desse valor.

Em sentido inverso, se o objetivo não for alcançado, o empreendedor não receberá qualquer montante angariado e esse valor será devolvido a quem investiu. Neste caso, as plataformas não cobram qualquer percentagem.

Em Portugal, já existem várias plataformas de crowdfunding, nomeadamente a PPL, Novo Banco Co-Crowdfunding, Gofundme e a Raize.

Todavia, se procura montantes de financiamento mais avultados, o mais adequado será recorrer às soluções tradicionais de crédito, através das instituições financeiras. Neste caso, e tal como foi mencionado anteriormente, é aconselhável que compare todo o mercado, analisando não só as taxas de juro como o custo total do crédito que terá de amortizar.

 

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