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Carrefour faz da China o seu laboratório de inovação

O Carrefour, que em maio abriu a sua primeira loja de alta tecnologia na cidade chinesa de Xangai, considera que este mercado é o ideal para o desenvolvimento de novos métodos para atrair clientes.

Numa entrevista à Reuters, Thierry Garnier, diretor executivo do retalhista francês para a Ásia, avançou que o mercado chinês é considerado “um verdadeiro laboratório para inspirar o resto do grupo”.

Com a colaboração da Tencent, o Carrefour está a integrar a tecnologia de reconhecimento facial nas suas lojas, de modo a melhorar a experiência de compra. O ponto de venda aberto em Xangai é o primeiro de outros que irão inaugurar em breve, estando previstos mais dois, em Shenzhen, nos próximos meses. “Estamos convencidos de que este é um formato de crescimento para o futuro na China”, acrescentou.

A loja, com 4.335 metros quadrados distribuídos por dois andares, resulta da sociedade formada em janeiro, quando o Carrefour anunciou os seus planos globais de investir 2.800 milhões de euros no e-commerce. A loja apresenta 25 mil referências, principalmente de alimentação, 20% das quais importadas, assim como cosmética e moda. Os clientes podem criar uma conta no Carrefour antes de ir à loja e vinculá-la ao seu perfil no WeChat para pagar através de reconhecimento facial ou usar aquela plataforma para fazer o pagamento online.

Na China, outros operadores, como a Alibaba e a JD.com, estão a desenvolver modelos tecnológicos que combinam o melhor do online com o offline para uma total integração. Questionado sobre o papel da loja num mundo tão digital como a China, com um forte crescimento do comércio eletrónico, a resposta de Thierry Garnier foi inequívoca. “Em primeiro lugar, é um lugar para passar tempo”.

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