Mais razões para viver onde se vive e não só dormir onde se vive

Miguel Rangel, diretor operações Non-Oil PRIO e Shell
Miguel Rangel, diretor operações Non-Oil PRIO e Shell

Todos temos mais ou menos a ideia ou a experiência da evolução do comportamento dos consumidores, nos últimos 18 meses: mais compras para a casa, mais compras para consumo em casa; mais compras online; elevada percentagem de ocasiões de compra com artigos promocionados (mais de 60%), mas de tudo o que penso ser o maior incremento, e que veio para ficar, é comprar onde me é mais conveniente e isso significa a melhor otimização de preço, horários e proximidade física possível.

Neste cruzamento de eixos, surge o formato que mais valor terá, na minha visão, para os próximos anos: a conveniência.

Os portugueses perceberam que têm cada vez mais razões para viver onde se vive e não só dormir onde se vive. Perceberam que, ao optarem pelas soluções que lhes estão fisicamente mais próximas, encontram um maior ajustamento entre o que realmente precisam e a oferta que lhes é proporcionada.

 

Oferta

Falo por experiência pessoal das funções que desempenho com responsabilidade sobre a gestão das redes de lojas de conveniência PRIO e Shell, em Portugal, de que os preços dos artigos são, hoje, bem mais próximos do que alguma vez foram dos praticados nos super e hipermercados. 

As lojas de conveniência estão abertas, em grande parte dos casos, cerca de mais 25% do tempo que outros espaços de consumo. A gama disponibilizada é cada vez mais eficaz, pois nos 50/60 metros quadrados de área média de vendas o consumidor encontra as categorias, marcas e artigos que mais se vendem no país.

A atividade promocional e oportunidades de compra de artigos alimentares e não alimentares também se encontram. Por exemplo, se um consumidor visitar as lojas PRIO ou Shell nas próximas semanas, não se surpreenda com uma oferta de pequenos domésticos, som portátil, óculos de sol, artigos de praia, bem convenientes e a preços bastante atrativos.

 

Conveniência “is the new black”

Sim, a conveniência “is the new black”, disso não tenho dúvidas, pois, para além da oferta alimentar e não alimentar disponível a preços bem mais atrativos do que antes, dos horários alargados, da existência de outros serviços não possíveis ou comuns noutros formatos  (lavagem/secagem de roupa, serviços de entregas de encomendas passíveis de serem levantadas 7/7 dias em, na maioria dos casos, mais de 16 horas por dia), as lojas de conveniência estão cada vez mais atraentes, flexíveis, dinâmicas e confortáveis para o consumidor.

Estou certo de que o/a leitor(a) se reviu nestas linhas e, por isso, concordará comigo na evolução e crescimento certo deste formato, nos próximos anos. Neste particular contexto, a minha visão é que a venda promocionada será tanto menor quanto os retalhistas de conveniência continuarem a perseguir a sua maior eficiência operacional e a negociar de forma a que o consumidor não veja a conveniência como um custo, mas, sim, como um serviço acrescido para que os portugueses possam comprar melhor nos locais onde vivem.

Miguel Rangel, diretor operações Non-Oil PRIO e Shell
Miguel Rangel
Diretor Operações Non-Oil PRIO e Shell

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