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Autoridades europeias fazem buscas nas sedes do Intermarché e Casino

As autoridades europeias fizeram buscas nas sedes dos grupos franceses Intermarché e Casino. Em causa estão as práticas da sua antiga central de compras comum, a Incaa.

A informação, que foi avançada pelo jornal Figaro, já foi confirmada à AFP por um porta-voz do Casino.

Os investigadores em matéria de concorrência da Comissão Europeia estão particularmente interessados nas práticas doas compradores da central no quadro das negociações tarifárias com os fabricantes entre 2016 e 2017. Sem citar insígnias, a Comissão Europeia confirmou que as inspeções tiveram lugar nos locais de sociedades ativas no sector do retalho alimentar em França. Bruxelas suspeita de uma violação das regras da concorrência vigentes na União Europeia, que interditam as práticas comerciais restritivas.

Esta não é a primeira vez que a Incaa é objeto de uma investigação. Em 2017, tinha sido feita uma queixa junto de um tribunal de Paris por práticas comerciais abusivas

Criada em 2014, esta central foi dissolvida em abril de 2018, na mesma altura em que Casino e Auchan criaram uma nova estrutura comum de compras em França.

Mas não são só o Intermarché e o Casino que estão a ser visados por investigações em matéria de concorrência. Na Bélgica, o regulador está a investigar que cadeias de supermercados violaram a legislação. Esta semana, as sedes do Carrefour e Provera foram alvo de buscas.

A BMA, a autoridade de concorrência belga, confirma que “empresas ativas no sector da distribuição por grosso” estão a ser investigadas, sem, também ela, divulgar os nomes. Contudo, o Carrefour Bélgica já veio confirmar o envolvimento na investigação e a sua total contribuição na mesma.

O outro envolvido será a Provera Belux, a aliança de compras entre Cora, Match e Louis Delhaize. Em causa, está a investigação de práticas que “possam ter restringido a concorrência”. No ano passado, Carrefour e Provera anunciaram que o grupo francês passaria a comprar a esta, tornando-a na segunda maior aliança de compras na Bélgica, responsável por 1.400 lojas.

Segundo o jornal belga De Tijd, alguns fornecedores terão feito queixa porque consideram que esta aliança os força a fazer demasiados descontos. Contudo, a BMA sublinha que se trata apenas de uma investigação e que ainda não é claro se existe ou não uma violação das regras da concorrência.

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