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APP – Advanced Products Portugal discute o futuro da logística nas megacidades

O futuro da logística nas megacidades está na criação de infraestruturas de forma integrada, juntando todos os concorrentes e parceiros. Esta é uma das principais conclusões da sessão “The Megacities Logistics Challenge” que decorreu na Sala do Rei, da Estação Ferroviária do Rossio.

Numa sessão organizada pela Advanced Products Portugal (APP), em parceria com as Infraestruturas de Portugal, a Supply Chain Magazine e o Instituto Superior Técnico, a discussão debruçou-se sobre os desafios logísticos tanto à entrada como dentro das grandes cidades.

Apesar de não se estimar que Portugal venha a ter proximamente uma megacidade, designação dada a centros urbanos com mais de 10 milhões de habitantes, muitos dos desafios logísticos que as principais cidades portuguesas já enfrentam são semelhantes. Movimentar diariamente milhares de pessoas e bens de forma eficaz é um exercício complexo, em termos financeiros e de sustentabilidade.

A discussão contou com a participação de representantes de diferentes áreas de influência da logística, entre decisores, atores e clientes, como Pedro Machado, assessor para a Mobilidade da Câmara Municipal de Lisboa, major João Alves, professor da Academia Militar, Ana Carvalho, professora do Instituto Superior Técnico, João Russo, diretor de Plataformas Logísticas da Infraestruturas de Portugal, Manuel Pizarro, diretor geral APP, Miguel Rodrigues, diretor da área de Intelligent Traffic Systems da Siemens Mobility, Ana Leandro, diretora de Logística e Supplychain da Auchan, Joaquim Cunha, diretor executivo do Health Cluster Portugal, Ana Rita Queiroz, diretora da Farmácia Hospitalar do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, Luís Peçanha, diretor geral da Purever Industries, Rui Nobre, Chief Operations Officer da DPD Portugal, Pedro Antunes, gestor de operações da Delivery Express, Pedro Pinto, Regional Manager da Cooltra Motos, Filipe Themudo, Head of Growth da Dott, e Carla Pereira, da ACEPI.

A troca de ideias entre os participantes permitiu enquadrar as tendências e os desafios em possíveis soluções para a logística das megacidades. Entre as conclusões, destaca-se a necessidade de criar verdadeiros centros logísticos, sobretudo de acesso ferroviário, que permitam aproximar os produtos das cidades sem recorrer a meios de transporte produtores de CO2. A identificação de uma localização ótima será um ponto crítico, contribuindo para um maior equilíbrio na entrada de veículos de grandes dimensões nas cidades.

As infraestruturas logísticas deverão ser pensadas de forma integrada, juntando tanto concorrentes como parceiros. No caso específico do sector do retalho, os benefícios estão, por um lado, na diminuição de custos e, por outro, na capacidade de adotar modelos de negócio mais sustentáveis e eficientes.

Deve existir um processo de educação do consumidor no sentido de uma crescente consciencialização da problemática da sustentabilidade, sobretudo, fazendo compreender a necessidade de otimização dos serviços de entregas rápidas nas cidades, de forma a permitir às empresas pensar as suas rotas numa perspetiva mais eficiente e inteligente.

O foco deve estar no desenvolvimento de sistemas de transporte interligados, que ofereçam flexibilidade e eficiência às populações das cidades. É crítico repensar o planeamento urbano, desde as tipologias de ruas às infraestruturas de suporte, e também potenciar o acesso a informação em tempo real sobre a pegada ambiental das diferentes opções logísticas.

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