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ANIL pede ao Governo que inclua sector dos lacticínios nos serviços mínimos

A Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL) está preocupada com o impacto e as consequências que a greve anunciada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente de Motoristas Mercadorias (SIMM), prevista iniciar a 12 de agosto e prolongar-se por tempo indeterminado, pode ter sobre o sector dos lacticínios, desde logo porque afeta a indústria nas suas diferentes operações: recolha do leite, sua transformação com recurso ao gás ou ao combustível e distribuição do produto para o mercado.

É enorme o impacto económico, ambiental e social que a greve anunciada pode vir a gerar, pelo que a ANIL tudo tem feito no sentido de incluir o sector dos lacticínios nas medidas a adotar pelo Governo, fixando os serviços mínimos e a requisição civil de motoristas. É premente que sejam tomadas medidas que garantam a continuação da laboração das unidades industriais e das operações necessárias à transformação e colocação de leite e dos produtos lácteos no mercado, bens rapidamente perecíveis e bens essenciais na alimentação de todos os grupos etários e grupos sociais do nosso país“, diz a associação em comunicado.

A greve anunciada poderá gerar elevados problemas ao sector, seja pelas dificuldades do levantamento de leite das explorações e do seu encaminhamento às unidades industriais, seja pela dificuldade realizar as diferentes operações de transformação, como a de fazer sair os produtos lácteos das fábricas e de os encaminhar para os circuitos comerciais. “Caso não sejam tomadas as devidas medidas, corre-se o risco de terem que se destruir milhões de litros de leito no campo, o que pode ser desastroso a nível ambiental“.

Sector mobiliza cerca de 5 milhões de litros de leite por dia

O leite em natureza é um produto altamente perecível, sendo que entre o momento da ordenha e o da sua transformação nos diversos produtos lácteos medeia um curto espaço de tempo, findo o qual o mesmo se torna inutilizável.

Os animais produtores de leite são, regra geral, ordenhados duas vezes por dia, todos os dias, fator limitante da capacidade de armazenamento das explorações, em caso de não levantamento do leite. Por seu turno, o abastecimento de leite e a capacidade de armazenamento das unidades industriais depende largamente do escoamento diário de produtos lácteos transformados distribuídos ao mercado. “Não basta, pois, receber leite todos os dias, é preciso transformá-lo e colocá-lo na distribuição e no consumidor, mantendo ativo o circuito de recebimento, transformação e consumo“.

São cerca de cinco os milhões de litros de leite que, todos os dias, entram nas unidades industriais, provenientes das milhares de explorações leiteiras espalhadas por todo o país, para serem convertidos nos mais diversos produtos lácteos (leite embalado, iogurtes, queijos, manteiga, nata, bebidas lácteas, etc) e que todos os dias delas saem, seguindo os circuitos logísticos e comerciais, chegando a milhares de pontos de venda e seguindo destes para os lares. “Pelo exposto, é visível, mesmo antevendo e planeando, a capacidade limitadíssima da indústria para adequar circuitos de recolha apenas e só às suas necessidades de produção“, conclui a ANIL.

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