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Acesso móvel à Internet oito vezes maior que há 10 anos

Os dados de 2020 do Bareme Internet, já disponíveis, dão-nos o retrato da relação dos portugueses com a Internet e permitem-nos conhecer essa evolução com o seu histórico de mais de dois decénios de realização regular.

No espaço desta última década, o número de portugueses que utiliza o smartphone para aceder à Internet octuplicou. De uma modesta penetração de 9%, em 2010, esta plataforma foi paulatinamente subindo, ano a ano, até ultrapassar o PC, em 2018. Chegados a 2020, destaca-se na liderança, com mais de 10 pontos percentuais (p.p.) à frente do anterior líder.

Assim, pelo terceiro ano consecutivo, o smartphone é a plataforma preferida de acesso à Internet (72%), continuando a aumentar a distância do anterior líder, o qual mantém agora valores estáveis.

Mas, as mudanças no pódio não se ficam por aqui e também no terceiro lugar há sinais de mudança, depois de um longo período de ocupação pelo tablet. Esta plataforma mobile, que teve o seu melhor ano em 2016 (28%), perde agora em favor da Smart TV, dado 25% dos portugueses afirmarem já ter possibilidade de aceder à Internet pelo grande ecrã.

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SmartTV

A SmartTV revela-se, assim, uma plataforma emergente também para a Internet. Após inaugurar, em 2012, a sua presença nos dados do Bareme Internet, com resultados marginais (2%), veio conquistando espaço nos nossos lares e também na navegação. Numa primeira fase (até há dois anos) mostrou crescimentos modestos, mas constantes, ganhando a quarta posição à consola de jogos, em 2016.

Entretanto, aumentou a oferta de televisores com acesso a conteúdos online, com a respetiva descida de preços, tornando estes equipamentos multimédia cada vez mais acessíveis. Trata-se de uma substituição tecnológica, a qual continuará a ocorrer nos próximos anos e que se estima ser um pouco equiparável à transição dos “feature phones” para smartphones, ainda na memória recente de todos. Com esta perspetiva de massificação, é expectável que essa transição continue a fazer crescer o número de portugueses com possibilidade de acesso ao online a partir do grande ecrã da sala.

Mas o acesso à Internet é um indicador generalista, que inclui também os que, tendo Smart TVs, não as utilizam com o mínimo de regularidade para aceder à web, preferindo um consumo no modo “duplo-ecrã”: sentados no sofá, seguindo conteúdos mais lineares no grande ecrã, enquanto surfam na Internet pelo telemóvel.

 

Cobertura de Internet

Independentemente das plataformas específicas que se possam utilizar a cada momento ou local para aceder à Internet, o Bareme Internet revela uma progressiva massificação do seu acesso (76% dos portugueses com 15 e mais anos acedem agora à Internet). Em alguns segmentos sociodemográficos, já se atingiu praticamente o pleno de acesso. Assim, nos últimos anos, as evoluções mais assinaláveis ocorrem no peso de cada plataforma e nos resultados de penetração nos vários grupos populacionais, onde ainda há espaço para crescimento.

No conjunto das plataformas, o primeiro destaque nas coberturas de 2020 vai para o ligeiríssimo aumento do acesso geral online (um ponto percentual de aumento), entre as duas edições do estudo: em 2020, 76% dos portugueses com 15 e mais anos têm agora acesso (mesmo que esporádico) à Internet em pelo menos uma das plataformas computador (particular ou profissional), telemóvel ou tablet. Em 2019, esse valor era de 75%.

 

Acesso regular

Mas, como referido, o acesso à Internet não é o mesmo que o acesso regular, sendo aquele um indicador bastante mais abrangente.

Se nos focarmos neste subconjunto dos portugueses que visitam sites com alguma regularidade (pelo menos uma vez por mês), estes representam agora 74% do universo em estudo, tendo tido um crescimento de 2 p.p. desde o ano anterior.

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Na análise por plataformas, e se excetuarmos a troca de posições entre tablet e Smart TV, não se registam evoluções acentuadas na paisagem online nacional, no espaço de um ano.

Ainda assim, alguns detalhes são assinaláveis quando se analisa o desempenho específico pelas principais plataformas de base mais interativa – PC, mobile phone e tablet. Destaque-se o aumento da cobertura de Internet nos mais velhos, aproximando-os ligeiramente mais dos estratos mais jovens (onde o acesso está já massificado) e o aumento do leque de plataformas (PC/smartphone/tablet) utilizadas por cada português.

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