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91% dos portugueses é a favor da proibição dos sacos de plástico ultra leves

A larga maioria dos portugueses considera que os sacos de plástico ultra leves, usados principalmente em superfícies comerciais para a colocação de frutas e vegetais, devem ser proibidos (91%).

Até mesmo quem não tem o hábito de reciclar concorda com esta proibição (85%), não havendo uma grande discrepância de opiniões quando se segmenta o grupo por género, geração ou classe social.

Estas são algumas das conclusões do segundo semestre do 1.º Observatório Permanente de Tendências de Reciclagem, uma iniciativa promovida pela Novo Verde, entidade gestora de resíduos, responsável pela recolha, valorização e reciclagem de embalagens. O trabalho de campo deste estudo foi desenvolvido pela Marktest e medirá, trimestralmente, os hábitos e atitudes dos portugueses no que diz respeito à separação de resíduos.

Com a problemática do plástico em destaque, os inquiridos continuam a mostrar uma elevada intenção de devolver embalagens de bebidas não reutilizáveis, apesar de, neste trimestre, o valor ter sido mais baixo do que no anterior (89 pontos, em comparação com os 90 de janeiro). Os indivíduos com maior consciência ecológica são quem revela maior intenção de concretizar esta devolução, seguindo-se a Geração Y (22-36 anos), que neste trimestre ultrapassa a Geração X (37-57 anos) neste aspeto.

Já quanto ao valor de troca por estas embalagens, os inquiridos mostram, no geral, uma elevada disponibilidade para as devolver por dois cêntimos cada (95%). Mas, analisando o grupo por segmentos, apenas os Baby Boomers (+58 anos) mostraram concordância na totalidade com este valor. São os indivíduos com uma consciência ambiental mais fraca que têm menor disponibilidade para entregar as garrafas pelo mesmo valor (88%). Por outro lado, são quem mostra mais disponibilidade para esta devolução se o valor de troca subisse para seis cêntimos (8%).

Ricardo Neto, presidente da Novo Verde, explica “que estes novos resultados mostram que há, de facto, uma preocupação generalizada com o ambiente, em concreto com o tema do plástico. São dados relevantes para a implementação de medidas que já estão em cima da mesa, dando-nos a perceção de como é que a população poderá reagir às mesmas”.

Comparando os resultados deste inquérito com o de janeiro, é de salientar que a percentagem de inquiridos que diz fazer a separação de resíduos aumentou de 84% para 89%, sendo que junto daqueles que não têm este hábito (11%) a intenção de o começar a fazer também aumentou (64%, mais 5% do que em janeiro). No entanto, no geral, os inquiridos mantêm a posição de que a separação de resíduos ainda não está enraizada na população.

Segmentando gerações, os Baby Boomers voltam a ser quem mais recicla (95%), seguindo-se a Geração X (90%), a Geração Y (86%) e a Geração Z (84%). Ainda assim, é esta última geração que está, no geral, mais satisfeita com vários atributos ligados ao processo de reciclagem como a distância entre a residência e o ecoponto, a frequência na recolha ou limpeza dos mesmos. Apenas relativamente às campanhas de sensibilização é que são os Baby Boomers quem está mais satisfeito. No geral, em todos este aspetos, o índice de satisfação baixou entre um e quatro pontos percentuais em relação a janeiro.

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