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80% dos portugueses aproveita as promoções para comprar marcas favoritas

Foto Shutterstock

De acordo com o estudo realizado pela Kantar para a Centromarca, e apresentado na sétima edição do “Marcas+Consumidores”, apesar do panorama económico positivo, em 2018, o nível de confiança do consumidor manteve-se negativo, desde julho. Foi o consumo fora de casa que mais se ressentiu, enquanto o consumo no lar recuperou, com uma evolução de 0,5% ao nível do volume. A tendência deverá manter-se em 2019, segundo indicam os dados recebidos pela Kantar. “2018 mostrou um mercado a encarar com alguma prudência os sinais da economia e a fazer apenas alterações pontuais no seu padrão de consumo, enquanto, ao mesmo tempo, marcas e retalhistas deram sinais de expectativa em relação às antecipadas alterações de contexto e funcionamento do mercado previstas para o corrente ano”, afirma Pedro Pimentel, diretor geral da Centromarca.

A análise feita pela consultora confirma que 91% das categorias que mais cresceram no mercado de Fast Moving Consumer Goods (FMCG) são de alimentação, ao contrário do que se registou em 2017, ano em que 60% das categorias que mais caíram foram igualmente da área alimentar. Ainda assim, a análise ao comportamento dos lares portugueses mostra que um quarto das ocasiões de consumo (6,7%) são feitas fora de casa, o que representa um significativo aumento em relação a 2014, quando apenas significavam 4,8% das ocasiões.

No último ano, as marcas de fabricante retomaram protagonismo face às marcas de distribuição, ainda que às custas das promoções. De facto, 80% dos portugueses aproveitam as promoções para comprar mais marcas favoritas, mais 21% que em 2014. “As promoções têm tido sempre uma evolução crescente, mas sentimos que há mais descontos ao longo do ano embora menores”, refere Pedro Pimentel. De igual modo, estão a reduzir o seu impacto no que se refere ao aumento de vendas. “Mais de 50% dos produtos que estão em promoção não representam vendas adicionais”.

As marcas de fabricante registaram uma variação em volume superior a 1%, o que compara com a queda na mesma proporção das MDD. Não obstante, 78% das cestas têm, pelo menos, um produto MDD.

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