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60% dos portugueses não se vê a viver sem automóvel, menos 25% que em 2017

A sociedade está em constante evolução e são cada vez mais os debates sobre a utilização do automóvel. Neste contexto de desenvolvimento, nos últimos anos, têm surgido várias alternativas que vêm fomentar a discussão. Apesar de todas as críticas a que o automóvel pode estar sujeito e de todas as nuvens negras que têm pairado sobre ele, a verdade é que é um transporte que tem permanecido inevitável e intemporal.

As conclusões são do Observador Cetelem Automóvel 2021, que indica que, em Portugal, seis em cada 10 pessoas não se veem a viver sem automóvel. O mesmo se passa na Europa e no mundo, que apresentam números semelhantes. No entanto, apesar de ainda ser um meio de transporte indispensável, esta ideia tem perdido força, uma vez que, em 2017, eram oito em 10 as pessoas que não se viam a viver sem este modo de transporte.

Outro fator a ter em conta na avaliação da importância do automóvel é o escalão de rendimento. 53% das pessoas com rendimentos mais elevados não pode viver sem automóvel, em comparação com apenas 36% dos que têm rendimentos mais baixos.

 

Insubstituível para a vida quotidiana

A nível mundial, questionados sobre o porquê de estarem apegados ao seu carro, sete em cada 10 destacaram também as questões ligadas à sua utilidade – o facto de prestar um serviço. Já em Portugal, as respostas a esta questão dizem que o automóvel também é tido como um veículo capaz de valorizar a imagem pessoal.

Quanto aos motivos para a utilização do carro, 85% dos portugueses inquiridos refere a necessidade de utilizar para cumprir tarefas do dia-a-dia (ir trabalhar, ir às compras, deixar os filhos na escola, etc.). Esta necessidade é de tal forma dominante, que as outras formas de utilização, como realizar longas viagens, ter momentos de lazer, ir de férias ou simples prazer de condução, têm menor relevância. Isto reforça as razões utilitárias em detrimento da noção de prazer ou escapismo.

 

Crise pandémica

Com o aparecimento da crise pandémica e do confinamento, as saídas reduziram-se ao estritamente necessário. No entanto, esta crise veio reforçar a perceção do carácter utilitário do automóvel: a nível mundial, apenas um terço dos inquiridos reduziu a sua utilização no âmbito da vida quotidiana, por comparação com 46% em relação a viagens privadas e de lazer e 55% em relação a fins-de-semana e férias. Em Portugal, fruto de um conjunto de medidas mais rígidas, a utilização do automóvel, no âmbito da vida quotidiana, reduziu para metade.

A relação com o automóvel tem sido pautada pela estabilidade, pelo menos nos países ocidentais. Em Portugal, uma em cada duas pessoas acredita que, nos últimos anos, não utilizou o seu veículo nem mais, nem menos vezes. No entanto, regista-se um aumento significativo da utilização do automóvel nos países emergentes, designadamente na China (66% refere que tem utilizado mais) e na Turquia (65%).

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