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5 tendências que vão moldar a cultura de consumo em 2020

São cinco as tendências que, segundo a Gartner, irão ter o maior impacto nos gestores de marketing e nas suas organizações em 2020. “Em 2020, iremos ver os consumidores a reconsiderar o consumismo”, afirma Kate Muhl, analista na Gartner. “Após mais uma década de consumismo de causas, compras ecológicas, boicotes e a constante promessa de novidade, os consumidores parecem estar a procurar caminhos alternativos para satisfazer as suas novidades e objetivos”.

À medida que os receios quanto às alterações climáticas continuam a crescer, mais de metade dos consumidores confirmam estar mais preocupados com o clima do que há dois anos. “Para os consumidores, a ameaça das alterações climáticas é real e urgente e estão a insurgir-se contra quem contribui para o problema”, sublinha Kate Muhl. 59% dos consumidores consideram que os grandes negócios são os que mais contribuem para as alterações climáticas. Consequentemente, já não acreditam nas mensagens de sustentabilidade destes negócios, que lhes apelam a fazer mudanças a nível pessoal. De acordo com a Gartner, os profissionais de marketing terão de ter cuidado com estas mensagens para evitar ser acusados de hipocrisia.

Os consumidores estão também a abraçar a repetição de experiências. 80% dos inquiridos indicam que tornam a ver séries de televisão e filmes. Com tanta disponibilidade de escolha, em muitos casos, os consumidores procuram no passado a resposta para os atuais standards culturais e sociais. “À medida que o valor da exploração cai e os consumidores abraçam a repetição de experiências, os profissionais de marketing deverão encetar estratégias que evidenciem a estabilidade e a previsibilidade, em detrimento da descoberta”, defende Kate Muhl.

O interesse dos consumidores nas questões sociais está a crescer. Embora o termo socialismo seja polarizador, as políticas subjacentes estão a unir os consumidores, devido ao seu desejo de explorar soluções coletivas para problemas complexos.

De igual modo, o conceito de dinheiro e a expectativa de conveniência está em mudança, num movimento liderado pela Geração Z. Das apps de pagamentos às criptomoedas, os consumidores da Geração Z está a adotar modos alternativos de gestão das suas finanças.56% dos inquiridos desta geração consideram a transferência de dinheiro através de plataformas como o PayPal tão importantes como as contas bancárias e o próprio dinheiro.

Os consumidores estão também, e de um modo consciente, a tentar manipular o sabotar os algoritmos que as instituições e organizações utilizam para questões de eficiência, segurança ou rentabilidade, num esforço para reconquistar o controlo. Este “hacking” dos algoritmos acontece tanto a larga escala, como em questões tão mundanas como mudar o perfil nas redes sociais para alterar a composição do “feed” de notícias. “Este é um comportamento emergente que os profissionais de marketing deverão esperar que aumente, à medida que o conhecimento e confiança dos consumidores na utilização de tecnologias também cresce”, adverte Kate Muhl.

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