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40% dos europeus opta pelas frutas e legumes de origem comunitária

Foto Shutterstock

Sete em cada 10 europeus afirmam que a origem comunitária é importante quando compram frutas e legumes. Para mais de metade, a origem europeia é um dos fatores que influencia a sua opção por alimentos. Além disso, quase quatro em cada 10 comem frutas e legumes europeus sempre que possível.

As conclusões são de um inquérito europeu sobre a perceção e conhecimento dos consumidores sobre os métodos de produção de frutas e hortaliças, realizado cinco países (Alemanha, Espanha, França, Polónia e Grécia), apresentado pela FruitVegetablesEUROPE no Salão Internacional de Agricultura de Paris e realizado no âmbito do CuTE: Cultivating the Taste of Europe, um programa de promoção dos produtores europeus de frutas e legumes com o apoio financeiro da União Europeia.

De acordo com o estudo, a fruta e os legumes europeus são muito valorizados, sobretudo, pela sua qualidade, sabor e segurança alimentar. Mas, ao comprar estes produtos, os critérios de qualidade e preço prevalecem sobre os métodos de produção e sustentabilidade ambiental.

Os resultados sugerem um baixo nível de conhecimento dos métodos de produção. A maioria dos europeus não sabe que as frutas e legumes que consomem são cultivadas em estufas e um em cada quatro tem uma perceção positiva sobre este método de produção.

Outro dos temas abordados na apresentação do estudo foi o papel da Aliança para a Defesa da Agricultura Europeia (ADEA). Criada em maio de 2019 por associações de diferentes sectores europeus, esta aliança trabalha em prol da defesa e promoção dos agricultores e produtores europeus, no sentido de garantir a igualdade de condições nos acordos comerciais da União Europeia com outros países. Alba Ridao-Bouloumié, secretária geral da FruitVegetablesEUROPE, assinala que “a agricultura europeia está em perigo, pelo que as associações europeias e nacionais de diferentes sectores agrícolas se uniram na sua defesa. A ADEA quer uma maior determinação das instituições da União Europeia para insistir que todas as importações de produtos agro alimentares cumpram exatamente as mesmas normas impostas aos produtores europeus. Assim, pedimos aos chefes de Estado e de Governo da União Europeia, à Comissão Europeia e ao Parlamento Europeu que a agricultura europeia não seja uma moeda de troca nas negociações comerciais com países terceiros. Exigimos reciprocidade, concorrência justa, transparência e cumprimento dos acordos”.

A ADEA será oficialmente apresentada a 22 de abril.

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