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37% das empresas globais não estão preparadas para os dispositivos móveis

Mcommerce
Foto Shutterstock

Os comerciantes devem dar prioridade ao “mobile”, diz um recente estudo realizado pela Ipsos e encomendado pelo PayPal. As empresas devem oferecer experiências otimizadas para os dispositivos móveis, caso estejam interessadas em atrair e manter o interesse de consumidores mais jovens, como a Geração Z e Y.

No estudo, foram analisadas as últimas tendências de m-commerce em todo o mundo e as principais tendências relacionadas com os hábitos de compras pelo telemóvel e a recetividade dos comerciantes, o facto da segurança continuar a ser uma prioridade no pensamento dos países de língua inglesa e o crescimento sem precedentes do número de compras em plataformas sociais, apesar de serem fenómenos relativamente novos.

Tento em conta todas as faixas etárias, quase 80% dos consumidores entrevistados em todo o mundo admitiram ter feito compras via smartphone, nos últimos seis meses. Por outro lado, apenas 63% das empresas revelaram ter um site otimizado para telemóveis ou mostraram estar otimizadas para aceitar pagamentos através de um dispositivo móvel. Com uma divisão de quase 20 pontos percentuais entre consumidores e comerciantes, as empresas devem começar a dar prioridade aos canais de compras para dispositivos móveis, de forma a garantir que satisfazem as expectativas em constante evolução dos seus clientes, assim como correspondem ao crescimento explosivo do comércio via “mobile”.

Uma razão pela qual a otimização dos dispositivos móveis pode não ser uma prioridade para algumas empresas está patente no facto de 25% dos comerciantes em todo o mundo partilharem que a sua prioridade número um é apenas manter os seus negócios à tona. Portanto, para milhões de pequenas empresas, oferecer uma experiência integrado no “mobile” não é uma prioridade para a sobrevivência dos seus negócios. No entanto, se essas mesmas empresas dessem prioridade ao “mobile”, iriam conseguir ter menos carrinhos de compras abandonados e até 15% a mais na receita de vendas.

Destaques mundiais

A Índia está a liderar o caminho no uso do comércio em dispositivos móveis, com 70% dos consumidores indianos a preferirem usar o telemóvel para fazer compras. 81% dos comerciantes indianos mostraram estar otimizados para as compras via “mobile”.

A Itália é o principal mercado europeu para os consumidores que fazem compras online via smartphone (83%). Ao mesmo tempo, apenas 65% das empresas italianas indicaram ter um site ou aplicação preparada para os dispositivos móveis.

Nos Estados Unidos da América, 72% dos consumidores usaram um smartphone para fazer pagamentos online, enquanto 57% das empresas relataram oferecer uma experiência otimizada para dispositivos móveis. Este é o segundo número mais baixo de todos os países envolvidos no estudo.

Segurança e confiança

Segurança e confiança são considerações importantes nas decisões dos consumidores para as compras em dispositivos móveis. Globalmente, 51% dos entrevistados evitam o comércio no “mobile” devido a preocupações de segurança, mas certos países, incluindo o Japão, estão menos preocupados (28%).

Em contraste, os mercados mais preocupados são o Reino Unido (64%), Austrália (63%) e os Estados Unidos (58%), todos mercados de língua inglesa.

Os comerciantes também expressaram altos níveis de preocupação com a segurança do comércio via “mobile”. A principal barreira para os comerciantes na otimização para dispositivos móveis são as preocupações de segurança, com um em cada cinco comerciantes a hesitarem devido ao interesse em garantir que os dados do cliente ficam salvaguardados.

Comércio social

A oferta e a procura pelo comércio social estão alinhadas entre consumidores e comerciantes, com um em cada três comerciantes entrevistados – e um em cada três consumidores – a partilharem o uso do comércio social.

No entanto, a predominância do comércio social varia de acordo com a geografia, com a maior popularidade a recair na Índia, onde 57% dos consumidores relataram o uso do comércio social nos últimos seis meses. No que diz respeito aos tipos de plataformas sociais mais frequentemente usadas a nível global, o Facebook, Instagram e WhatsApp estão na liderança (35% do comércio social acontece nas propriedades do Facebook).

À medida que o comércio social cresce em popularidade, haverá um olhar cada vez mais atento sobre os dados recolhidos durante a experiência de compra social e as suas possíveis implicações, especialmente se os dados mostrarem que a segurança é uma preocupação dos consumidores e comerciantes. “Olhando para futuro, verificamos que existe mais potencial do que nunca para os comerciantes melhorarem a experiência de compra para todos os consumidores, enquanto abordam as preferências de mercados únicos. Os comerciantes podem aproveitar a ascensão do comércio móvel e social trabalhando com um parceiro como o PayPal, que lhes permite criar melhores experiências digitais, capturar mais vendas e, finalmente, impulsionar o crescimento”, refere Miguel Fernandes, chefe de vendas e desenvolvimento de negócios do PayPal Portugal.

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