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3/4 dos portugueses evitam espaços públicos

Foto Shutterstock

Mais de três quartos dos inquiridos num estudo da Deco afirmam que evitam espaços públicos por medo de contágio de Covid-19, como restaurantes, transportes públicos ou centros comerciais, mais metade cancelou ou adiou as férias e também cerca de metade adiou projetos e investimentos, como comprar casa ou automóvel.

Segundo o inquérito divulgado pela Lusa, apesar da reabertura da maioria dos serviços e do regresso ao trabalho para uma parte da população, os inquiridos continuam a manifestar receio em voltar às rotinas anteriores.

 

Supermercados com menor quebra na procura

Os supermercados foram os estabelecimentos comerciais que menos sofreram uma quebra na procura, o que, para a Deco, mostra que os portugueses “afluíram sobretudo aos serviços de primeira necessidade“.

Simultaneamente, para as deslocações, os inquiridos disseram procurar usar mais veículos privados.

O estudo mostra também que medo de infeção levou os inquiridos a evitar determinados serviços, nomeadamente os transportes públicos: três quartos das respostas classificaram-nos como pouco seguros quanto ao risco de contágio. Mais de metade dos inquiridos manifestou o mesmo sentimento relativamente aos centros desportivos, às lojas, aos restaurantes e aos eventos culturais.

Também relacionada com o turismo, mais de três quartos dos inquiridos consideram que as viagens de avião, de autocarro ou de comboio representam um risco elevado de contágio e mais de metade não têm confiança nas medidas de segurança nos hotéis e alojamentos de férias.

No total, 68% dos inquiridos referem que a crise da pandemia de Covid-19 afetou as suas férias de verão.

Danos colaterais

Por outro lado, o estudo mostra que sete em cada 10 inquiridos relatam o adiamento de, pelo menos, um serviço de saúde agendado e 22% referiu que foram cancelados desde o início da pandemia.

É urgente que as unidades de saúde reagendem essas consultas, exames de diagnóstico e cirurgias adiadas ou canceladas ao longo dos últimos meses, sob pena de vermos aumentar a taxa de mortalidade e de morbilidades por falta de acompanhamento de todos os doentes não-Covid”, conclui a Deco, na análise do inquérito.

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