O aumento das taxas de juro está a provocar um impacto significativo na estrutura de custos do tecido produtivo, que pode afetar a capacidade das empresas para operar de forma rentável.
De acordo com o mais recente “Estudo de Gestão do Risco de Crédito em Portugal”, impulsionado pela Crédito y Caución e pela Iberinform, 82% das empresas portuguesas confirma que as subidas das taxas de juro estão a afetar a capacidade para se financiar adequadamente. 22% do tecido empresarial refere um elevado impacto.
A atual volatilidade dos custos financeiros suportados pelas empresas é um dos elementos determinantes para a evolução económica de 2023. O endurecimento da política monetária, por parte dos bancos centrais, para travar a inflação, está a ter vários efeitos sobre o tecido empresarial, como o aumento das taxas de juro com que financiam a sua atividade ou o endurecimento, associado às turbulências financeiras, das condições de concessão de novos financiamentos.
Uma via para compensar o aumento dos custos financeiros passa por aumentar os preços finais para proteger as margens comerciais. No entanto, esta estratégia é arriscada, num quadro inflacionista como o atual, devido a fatores como a redução do poder de compra dos clientes ou a elasticidade da procura.
O contexto de contenção da procura está a obrigar grande parte do tecido empresarial a absorver internamente o impacto dos novos custos financeiros e a restringir o acesso a novos financiamentos, deteriorando os níveis de risco de crédito.
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